icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Familiares têm papel fundamental em histórias com final feliz

Apoio dentro de casa fortalece laços e, além de ajudar na autoconfiança, contribui para diminuir problemas como a depressão, frequente entre transexuais.

Publicado em 14/06/2015 às 7:00

Leis, normas, reconhecimento social: esses quesitos são avanços importantes, mas o suporte familiar é fundamental para o desenvolvimento saudável e o pleno exercício da cidadania da pessoa trans. Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Williams, da Universidade da Califórnia, estimou que 40% da população transgênero já tentou cometer suicídio.

"Vivendo em uma sociedade discriminatória, o suporte de grupos é importantíssimo para essas pessoas", avalia a professora Loreley Garcia. "E a família é um dos grupos mais poderosos no sentido de apoio psicológico, material e moral", afirma.

O estudo aponta que os principais fatores para um número tão alto têm a ver com violência, discriminação e rejeição – elementos que, juntos, provocam uma situação de vulnerabilidade e suscetibilidade a comportamentos suicidas.

De acordo com o coordenador de Promoção à Cidadania LGBT, da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), Roberto Maia, travestis e transexuais têm perspectivas de vida reduzidas se comparados à população em geral. “Um travesti ou transexual vive, no Brasil, cerca de 36 anos, quando o resto da população tem expectativa de vida de 73,6 anos”, afirmou. “Muitos acabam na prostituição por falta de oportunidade”, acrescentou.

Conforme uma pesquisa da Universidade Federal da Paraíba, que estudou a identidade de travestis e o fenômeno da prostituição no Litoral Norte do Estado, a maior parte das travestis que trabalhavam nas ruas foram expulsas de casa.

Nancy e Andreina devem se considerar uma exceção naquilo que deveria ser a regra: receberam o apoio e o amor incondicional da família. Segundo Nancy, apesar do choque e da resistência iniciais, em nenhum momento sua família a abandonou. “Claro que há um choque e um período de negação e entendimento”, pondera ela. “Mas, depois dessa fase, toda minha família passou a me apoiar”, fala.

O suporte promovido pela família permite à pessoa trans ter confiança de que não estará sozinha para as muitas dificuldades que certamente irá enfrentar – e faz com que ela tenha uma visão mais clara dos outros. “Afinal, uma pessoa que está feliz consigo mesmo e bem resolvida não vai se preocupar com a identidade de gênero nem com a sexualidade alheias”, diz Andreina. “E eu não quero mudar opinião de ninguém. Tudo que peço, como mulher, é respeito”, finaliza.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp