icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Famílias de dependentes químicos buscam ajuda fora da PB

Motivo seria falta de centros especializados. Tratamentos realizados em clínicas particulares de outros Estados chegam a custar cerca de R$ 5 mil mensais.

Publicado em 15/11/2015 às 8:00

A falta de centros especializados para tratamento de dependência química na Paraíba tem levado famílias a buscar ajuda em outros Estados para salvar os filhos das drogas, pagando, na maioria das vezes, cerca de R$ 5 mil mensais em clínicas particulares. O que deveria ser obrigação do poder público, se torna um 'luxo' no Estado onde, anualmente, se apreende quase 3 toneladas de drogas, segundo a Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Seds). Enquanto isso, jovens vão perdendo a vida e a esperança de dias melhores. Segundo o Ministério da Justiça, há convênios com comunidades terapêuticas (três ao total), mas que não são suficientes para atender à demanda.

A busca por clínicas privadas em outros estados do Nordeste é uma realidade que só cabe a quem tem dinheiro e pode pagar pelo tratamento. Além da mensalidade cobrada pelas clínicas, é preciso dinheiro para deslocamento, visitas, etc. Segundo o estudioso sobre drogas Irani Medeiros, o vício é marcante entre jovens de níveis sociais mais elevados. “Infelizmente a droga está se espalhando. Chega em todos os lares”, declarou.

Ao descobrir que o filho está usando drogas, os pais, desesperados, buscam tratamento. Na Paraíba, encontram o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (Caps AD III 24 horas), onde o tempo máximo de acolhimento (internação) é de 14 dias, segundo informou a diretora-geral Fátima Miranda. Sem perspectivas, buscam ajuda em outros estados, pagando mensalidades que poucos podem pagar, na esperança de vencer as drogas. Em todo o Estado são apenas cinco Caps AD III – João Pessoa (1); Campina Grande (2); Piancó (1); e Sousa (1), segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES).

De acordo com Medeiros, não há no Estado nenhuma clínica privada com essa finalidade – pública, então, nem no papel. “Há um tempo as famílias procuraram uma clínica em Cabedelo que prometia a recuperação, mas as coisas lá não deram muito certo. A preço de hoje, não temos nenhum local destinado ao tratamento de pessoas viciadas em drogas, com exceção do Caps AD”, afirmou o especialista, que já publicou livro sobre o poder devastador das drogas no organismo.

No Caps, segundo a diretora, há 1.758 usuários inscritos, sendo que menos da metade tem frequência ativa (870). O atendimento é feito por demanda espontânea ou por encaminhamento. “O usuário pode nos procurar a qualquer momento para iniciar o tratamento”, frisou. O atendimento no Caps AD é feito 24 horas por dia, para pessoas com mais de 18 anos.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp