Famílias devem voltar a receber leite este mês

Depois de mais de dois meses suspenso, o Programa do Leite deverá voltar a atender mais de 120 mil famílias em todo o Estado na segunda quinzena deste mês. Pelo menos é essa a projeção feita pela Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca da Paraíba e da Fundação de Apoio Comunitário do Estado da Paraíba (FAC) que confirmaram que o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai liberar os recursos para que o serviço seja gradativamente retomado após a conclusão do recadastramento dos fornecedores e laticínios.

Até ontem, segundo levantamento do setor de operações da FAC, dos 3.700 produtores que antes das investigações participavam do programa, 2.143 já foram recadastrados. Já os laticínios, que eram 25 os participantes, ainda haverá a confirmação de quantos poderão continuar fazendo parte do serviço, já que as irregularidades encontradas faziam parte do fornecimento do leite pelos laticínios para a distribuição gratuita do alimento.

De acordo com Marenilson Batista, secretário de Agropecuária, os valores em atraso dos produtores, referentes ao mês de abril, foram pagos e que o plano de reestruturação do programa foi aceito pelo Ministério de Desenvolvimento, que vai manter o repasse dos recursos que chegam a R$ 4,5 milhões por mês até dezembro próximo.

“Nós apresentamos um plano de reestruturação e fizemos um recadastramento dos produtores, focamos as boas práticas de produção, além do monitoramento dos laticínios e dos pontos de distribuição. Com isso, vamos garantir a retomada do programa”, afirmou Marenilson.

Se o serviço volta a ser oferecido à população dos 223 municípios, o preço do produto para os produtores ainda não será acrescido. Como confirmou o diretor de operações da FAC, Marcelo Caldas, os preços dos leites de vaca, R$ 0,82, e cabra, R$ 1,30, serão mantidos já que nesse momento não foi possível reajustar os valores. “Nós distribuíamos cerca de 80 mil litros por dia em todo o Estado. É bem possível que esse número sofra uma redução pelas consequências da seca, que são maiores do que a saída dos produtores do programa por conta do preço do leite”, disse o diretor.

O cálculo total do que é pago no preço do produto ainda é acrescido de R$ 0,52, devido ao valor repassado ao laticínio.