icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Famílias moram em prédio abandonado em João Pessoa

Prédio abandonado serve de moradia para trinta e cinco famíias de João Pessoa , que vivem em condições de pobreza extrema.

Publicado em 19/01/2012 às 6:30


Trinta e cinco famílias vivem em condições desumanas há mais 1 ano em um prédio abandonado no Altiplano, em João Pessoa. Entre elas, há muitos idosos e crianças que dividem os mesmos espaços com lixo e animais. O imóvel, que possui três pavimentos, é um empreendimento particular e funcionaria como um hotel.

No entanto, ele não teve a construção concluída e está, atualmente, em ruínas e apresentando sério risco à segurança das pessoas. Em vários pontos é possível ver fissuras nas paredes, infiltrações e buracos nas lajes e nos pisos, que podem causar acidentes. Também não há portas nem janelas.

Na parte externa, ainda há um poço, cuja tampa está cheia de buracos. O mais preocupante é as crianças que circulam nas proximidades desse local e correm o risco de cair no poço. A situação já foi comunicada ao Conselho Tutelar e às Secretarias de Desenvolvimento Social e de Habitação da Prefeitura de João Pessoa. Os órgãos informaram que os desabrigados serão inseridos em programas de habitação popular.

As famílias começaram a ocupar o local após serem expulsas por traficantes de comunidades carentes ou de terem as casas destruídas por chuvas e enchentes. A idosa Maria da Graças da Conceição, 61 anos, é um desses desabrigados. Ela morava na comunidade do Taipa, no Costa e Silva, mas teve que abandonar a casa, após sofrer ameaças de traficantes do local. “Eles destruíram tudo que eu tinha. Queimaram meus móveis, minha casa. Fui obrigada a sair de lá. Sem ter para onde ir, vim para cá”, lamenta.

No prédio abandonado, a idosa vive com o marido, Zenildo da Silva, 54 anos. O cômodo sujo e com mau cheiro fica no primeiro andar da estrutura em ruínas. Não há água encanada e nem banheiros. A ligação elétrica é clandestina e a água usadas nas atividades diárias é fornecida por uma propriedade particular, localizada a quase 100 metros de distância.

Em outro cômodo, a realidade é ainda pior. Patrícia dos Santos é mãe de oito crianças, com idades de dois a 18 anos. Ela se mudou para o prédio abandonado há um ano e trouxe seis filhos.

As crianças estão na escola, mas sofrem com as condições desumanas em que vivem. “Aqui tem muito rato, barata, escorpião. Tem gente que veio para cá, mas já saiu porque não aguentou”, conta Patrícia.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp