VIDA URBANA
Famílias são retiradas de casas invadidas no bairro das Malvinas
Famílias ocuparam as casas em construção no mês de janeiro; imóveis serão concluídos para serem entregues a beneficiários de um programa habitacional.
Publicado em 02/04/2013 às 6:00
Cerca de 180 famílias que invadiram as residências em construção da Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap), no Conjunto Colinas do Sol, no bairro das Malvinas, em Campina Grande, desocuparam o local ontem, em cumprimento ao mandado de reintegração de posse, concedido pela juíza Yêda Maria, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Campina Grande.
Quase 200 policiais militares acompanharam o trabalho de remoção das famílias que, de acordo com o tenente-coronel Roberto Costa Rodrigues, transcorreu de forma pacífica, tendo em vista que desde o início do mês de março as famílias já haviam sido comunicadas de que iriam ter que sair das casas. “Não houve nenhuma resistência”, disse o tenente-coronel.
A retirada das famílias teve início por volta das 9h30, com suporte de homens do Choque, da Rotam, Força Tática, Companhia de Trânsito e Bombeiros e seguiu até o final da tarde de ontem. Os oficiais de justiça entraram no conjunto habitacional Colinas do Sol e em companhia do comandante regional da Polícia Militar, coronel Marcos Sobreira, começaram a negociar com os moradores para evitar o uso da força policial. Após cerca de 40 minutos de conversa com os líderes comunitários, as famílias que invadiram as residências aceitaram sair do local.
O tenente-coronel Roberto Costa coordenou as negociações e disse que desde o mês passado foram seis rodadas de conversa para que as famílias aceitassem sair do conjunto.
“Esta não foi a primeira vez que viemos aqui. Já são seis tentativas e, desta vez, as famílias aceitaram sair sem que fosse preciso o uso da força policial”, informou, acrescentando que nem todas as famílias foram retiradas ontem porque havia apenas três caminhões disponíveis para o trabalho. Hoje, a ordem de reintegração de posse será concluída.
As casas do Colinas do Sol foram invadidas no dia 27 de janeiro e as famílias alegaram que esta foi a solução encontrada para escapar dos aluguéis. Mas as inscrições das famílias a serem contempladas com as referidas moradias foram feitas desde 2003, porém, passada uma década, as obras ainda não foram finalizadas.
A previsão da Cehap é de que, uma vez desocupadas, os trabalhos para a conclusão da obra sejam retomados imediatamente, para que as casas sejam entregues aos seus legítimos donos este ano. ( Colaborou Tatiana Brandão)
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