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VIDA URBANA

Famílias sem água encanada

Mais de 200 mil famílias paraibanas ainda não dispõem de água encanada nas residências, os números são do Ministério da Saúde.

Publicado em 18/06/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 13:47


Apesar da ampliação do serviço de abastecimento de água no Estado, dados do mês de fevereiro deste ano, contidos no Sistema de Informação de Atenção Básica (Siab) do Ministério da Saúde, mostram que mais de 200 mil famílias paraibanas ainda não dispõem de água encanada nas residências. Em João Pessoa, moradores da Comunidade do S improvisam para poder realizar as mais básicas atividades domésticas. Governo do Estado garante mais de R$ 250 milhões para investir em abastecimento de água na Paraíba.

De acordo com o Siab, em todo o Estado existem 871.767 famílias cadastradas nas áreas de abrangência dos Programas de Agentes Comunitários de Saúde e de Saúde da Família (PACS/PSF). Dessa soma, 660.982 possuem abastecimento de água de rede pública, de modo que 210.785 não são beneficiadas pelo serviço, o correspondente a 24,1% do total.

Somente em João Pessoa, 5.308 famílias, das 177.439 cadastradas nas áreas de cobertura dos PACS/PSFs não possuem saneamento básico nas moradias. Na Comunidades do S, por exemplo, muitas das famílias que ali residem precisam improvisar para poder ter água limpa, como a dona de casa Maria de Fátima, 44 anos, que diariamente dá várias viagens com o balde de água na cabeça.

“Como aqui em casa não tem água encanada, todo dia, várias vezes ao dia, eu vou até a casa de uma amiga para pegar água lá. Essa água é para fazer tudo, lavar prato, cozinhar, beber e tomar banho.

Quando tenho que lavar roupa, vou para um barreiro que tem aqui perto”, declarou Fátima, que divide a casa com mais três pessoas.

A também dona de casa, Andressa da Silva, 19 anos, tem um filho pequeno, e se sente penalizada pela ausência do serviço. “Aqui é ruim para tudo, mas principalmente pela falta de água. A gente que tem criança em casa sofre mais ainda, porque tem que ir buscar água longe daqui e dar banho de 'cuia'”, disse. Ela acrescentou que na falta do serviço público de abastecimento de água, alguns moradores do local fazem ligações clandestinas, puxando água de uma tubulação próxima com uma mangueira.

Ainda segundo o Siab, Campina Grande (81.246), João Pessoa (172.131) e região Metropolitana, como Bayeux (24.403) e Santa Rita (24.213), são as cidades com maior número de famílias que possuem abastecimento de água de rede pública. Já as cidades Alcantil, Santa Cecília e Baraúna são os municípios com menor número de famílias beneficiadas com o serviço, com 16, seis e apenas uma família, respectivamente.

Para o presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), Rubens Germano (Buba), apesar do plano nacional de saneamento básico, que inclui abastecimento, drenagem, esgotamento sanitário e gestão de resíduos sólidos, ser uma obrigatoriedade para todos os municípios até o próximo ano, os municípios precisam de apoio financeiro e suporte técnico, por parte do governo federal. “Os municípios são penalizados porque o governo (federal) pulveriza os recursos disponíveis para repasse, dificultando a situação das prefeituras, já que não recebem o apoio financeiro e técnico para que as cidades tenham condições de aderir ao plano de saneamento básico dentro do prazo estabelecido”, destacou.

INVESTIMENTOS
Como meio de solucionar o problema ainda existente na Paraíba, o governo do estado tem buscado recursos junto ao Ministério da Integração para ampliar o serviço de abastecimento de água, segundo a assessoria de comunicação. Exemplo disso, foi a assinatura da Ordem de Serviço para a construção da III etapa do canal Acauã-Araçagi (Vertentes Litorâneas) e do Termo de Compromisso para a elaboração do projeto de construção do sistema adutor da Borborema, que levará as águas da transposição até o Curimataú. A assinatura aconteceu na manhã de ontem, durante visita do ministro da Integração, Fernando Bezerra.

Ainda segundo a assessoria, o governo do estado garantiu mais R$ 250 milhões para a construção da III etapa do canal das Vertentes, que foi orçada em R$ 956 milhões, cuja oferta de água irá beneficiar quase 600 mil pessoas de 38 municípios paraibanos.

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Jornal da Paraíba

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