VIDA URBANA
Feirantes reclamam de lixo em mercado
Comerciantes do Mercado Público do Rangel reclamam de descaso e cobram soluções para os problemas com o lixo e esgoto no local.
Publicado em 09/05/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 15:03
Lixo exposto e coberto por uma nuvem de moscas. Esgoto estourado que causa mau cheiro e espanta clientes. Essas são situações encontradas no Mercado Público do Rangel, em João Pessoa. Comerciantes reclamam do descaso e afirmam que os problemas são reincidentes e também cobram um coletor para o local. De acordo com a Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (Emlur), a caixa estacionária para depósito de lixo já esta disponível para instalação.
Em um passeio realizado pela reportagem do JORNAL DA PARAÍBA dentro do Mercado Público do Rangel foi verificado que a sujeira está sob controle. No entanto, logo em frente a situação é outra. O mau cheiro de esgoto logo denuncia uma tubulação estourada que permite que a água suja corra a céu aberto. Conforme informações repassadas pelos feirantes, o problema está sem solução há cerca de um mês. “Esse esgoto incomoda a todos nós e aos clientes. Quem gosta de conviver com a sujeira?”, indagou o vendedor de aves, Lindinaldo Silva de Lima, que trabalha no local há quatro anos.
Já o pintor Ivo Benício, 65 anos, que mora próximo ao mercado público, afirmou que há algum tempo não tem realizado suas compras em um mercadinho devido ao esgoto. “Eu não consigo mais fazer compras aqui, não arrisco. Prefiro pagar um pouco mais caro e comprar no mercadinho onde vejo tudo limpinho”, disse.
De acordo com a assessoria de comunicação da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), o problema não é de responsabilidade do órgão, pois trata-se de uma galeria pluvial e não de uma rede de esgoto, de modo que a competência é da prefeitura de João Pessoa. Mesmo assim, a assessoria informou que, após uma consulta com o setor técnico, uma equipe será encaminhada ao local para verificar a denúncia e, se for rede de esgoto, será feita a desobstrução.
Por sua vez, também conforme a assessoria, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) informou que, se há vazamento de água suja, é porque existe uma ligação clandestina de esgoto, mas que a ocorrência foi registrada e que, dentro da programação do órgão – em um prazo máximo de uma semana –, uma equipe será enviada ao local para verificar a veracidade do problema e possíveis soluções, caso realmente seja uma galeria pluvial.
Emlur faz contrato emergencial
Outro problema recorrente pelo mesmo período, segundo a população local, é a inexistência de um coletor de lixo para os resíduos sólidos oriundos da comercialização de hortifruti, carnes e aves. Segundo os comerciantes, desde que o contrato com a empresa LimpFort foi encerrado, há cerca de 30 dias, o lixo está sendo jogado e acumulado na rua até que a coleta diária recolha.
A cabeleireira Missilene Pereira, que há um ano possui um salão de beleza ao lado do mercado está insatisfeita com o descaso, pois o lixo é descartado praticamente na porta de seus estabelecimento. “A cena é terrível. Ao final da tarde, principalmente nos sábados e domingos, fica tudo exposto aí, ossos, peles, fruta e verduras estragadas. Tudo isso causa grande mau cheiro, incomoda os clientes, incomoda durante as refeições, enfim. Todos nós estamos revoltados e insatisfeitos”, declarou.
O diretor Operacional da Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (Emlur), através da assessoria de comunicação, confirmou que o problema é decorrente do término do contrato com a empresa LimpFort, mas que um contrato emergencial, com validade de 180 dias, já foi firmado com a empresa Revita, e que a mesma estava realizando durante todo o dia de ontem a instalação de 16 caixas estacionárias, sendo uma delas para o Mercado Público do Rangel.
A assessoria disse ainda que, enquanto o contrato emergencial transcorre, será realizada uma licitação para a contratação de um empresa que prestará o serviço terceirizado por maior período.
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