VIDA URBANA
Fertilização in vitro é esperança para casais
Um número cada vez maior de casais procuram clínicas de fertilização na esperança de ter um filho.
Publicado em 25/12/2011 às 12:36
Quem nunca ouviu falar em Fertilização In Vitro? O método – cada vez mais divulgado – traz esperança para casais com dificuldades de ter um filho. A infertilidade atinge cerca de 15% dos casais em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além de questões hormonais e genéticas, o mundo moderno tem contribuído efetivamente para potencializar a infertilidade de homens e mulheres. Uma vida estressante, uma alimentação inadequada e o desejo de se tornar pais sendo protelado cada vez mais, faz com que casais busquem cada vez mais clinicas de fertilização. O aumento da renda dos brasileiros e os preços cada vez mais acessíveis também favorecem esse crescimento.
Mas, em quais casos a fertilização é recomendada? “Mulheres com distúrbios ovulatórios, com endometriose, obstrução das tubas, ou quando o sêmen não é de boa qualidade são as mais presentes nas clínicas. As portadoras da síndrome dos ovários policísticos também precisam de auxílio para engravidar”, responde o médico ginecologista Eduardo Schor, Diretor Científico da Clinica GERA de Reprodução Assistida.
O processo de fertilização in vitro clássico consiste na captura de óvulos por um médico que o coloca cada um ao redor de milhares de espermatozoides. O que tiver mais capacidade irá fertilizar. O processo é feito em laboratório, onde o embrião pode ficar por até três dias. Após esse período ele é transferido para útero. Dependendo da idade da mulher, são transferidos de um a três embriões. Após o processo de transferência a torcida é para que ocorra o que os médicos chamam de implantação – fenômeno por meio do qual o embrião adere ao útero. Sem a implantação, não ocorre à gravidez.
Uma alternativa, que vem sendo cada vez mais utilizada é a injeção intracitoplasmática de espermatozóides. Esta técnica, utilizada apenas em casos de homens com pouquíssimos espermatozóides consiste na injeção de apenas um espermatozóide dentro do óvulo. Hoje é largamente utilizada e vem, aos poucos, substituindo a FIV clássica.
O sucesso da fertilização varia de acordo com a idade da mulher e fundamentalmente da implantação do embrião, um fator imprevisível. “Mulheres saudáveis com até 30 anos têm 60% de chances de engravidar, com apenas dois embriões. Mas, se ela já tiver 40 anos, a taxa diminui para 10%, mesmo com o uso de três embriões. Isso acontece porque com o passar dos anos ocorre o envelhecimento dos óvulos, e a qualidade destes diminui consideravelmente”, explica o médico.
Em resumo, o óvulo não é renovável, portanto carrega características da mulher ao longo da vida. Isso inclui períodos de estresse e doenças, por exemplo. A conta é simples: quanto maior a idade da mulher, menor a qualidade do óvulo. Em mulheres acima dos 40 anos, quando os óvulos são de má qualidade podemos abrir mão da ovodoação. Neste caso, como o óvulo normalmente é doado por uma jovem as chances de a mulher acima dos 40 anos engravidar podem subir, chegando a 50%.
Para a fertilização in vitro é necessário que o ovário seja estimulado com hormônios visando produzir uma quantidade grande de óvulos. Em alguns casos este estímulo pode ser exagerado e temos a hiperestimulação ovariana, é uma situação delicada onde pode haver queda de pressão, náuseas e vômitos são alguns dos principais sintomas que podem acometer a EM algumas situações há necessidade de internação, por vezes em UTI... Outro “efeito colateral” da fertilização in vitro é a gestação múltipla, porque aplicam-se até três embriões dentro do útero.
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