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VIDA URBANA

Filho único pode ser precoce, diz psicóloga

"Por outro lado, existe também a possibilidade de serem verdadeiros ditadores”, alertou a psicóloga.

Publicado em 25/03/2012 às 6:00

O filho único é tido como uma pessoa que cresce solitária e tem dificuldade em se relacionar. Porém, o desenvolvimento da personalidade da criança vai depender muito da criação e orientação que ela recebe ao longo da vida. Conforme a psicóloga Danielle Azevedo, o tipo de relação construída no cotidiano com a criança irá construir o pilar central de sua personalidade. Porém, a ausência de convívio com crianças da mesma faixa etária pode fazer com que o filho único desenvolva um comportamento adulto.

“Estes filhos que não convivem com outras crianças tendem a adquirir um comportamento mais associado ao mundo de adultos e às vezes, rejeitam as brincadeiras com outras crianças considerando-as 'infantis'”, explicou Danielle Azevedo.

A psicóloga ainda ressaltou que em uma casa onde existem mais crianças, não necessariamente irmãos, as relações infantis tendem a ser enriquecidas, com lições de intimidade, fratenidade, solidariedade, convívio das diferenças, oportunidade de amar e odiar, lidar com ciúmes e com o confronto no encontro com o outro.

“Crianças privadas deste convívio podem adquirir comportamento mais retraído, dificuldade no relacionamento e convívio social. Por outro lado, existe também a oportunidade de serem verdadeiros ditadores caso tenham uma convivência onde todas as vontades são satisfeitas,” completou a psicóloga.

Essas mesmas 'vontades' das crianças podem gerar dificuldades para que os pais ocupem o lugar de autoridade pertinente ao papel que devem desempenhar no convívio familiar. Também pode provocar o 'mimo' excessivo, fragilizando e despreparando a criança para lidar com situações de privação, sacrifícios e mudanças impostas pela vida.

“A atitude dos pais com seus filhos será sempre fundamental no caminho da vida emocional que se traça junto a ela,” disse Danielle Azevedo. A solidão foi vivenciada de perto por Eloyse Pinto, de 22 anos.

Filha única, ela conta que tinha contato com outras crianças apenas na escola e nos finais de semana, quando encontrava os primos. “Me sentia sozinha quando estava em casa pois só tinha contato com outras crianças nos finais de semana, com meus primos ou no colégio,” disse Eloyse Pinto.

Ela ainda conta que ser filha única não lhe causou qualquer problema de relacionamento. “Nunca tive dificuldade em fazer amizades, pelo contrário, acho que acabava 'descontando' tudo no colégio, sempre adorei conversar e conhecer gente nova,” afirmou Eloyse.

Apesar de ter vivenciado uma infância tranquila Eloyse Pinto conta que sempre sonhou em ter um irmão mais velho. O fato de ter sido filha única fez com que todos os familiares criassem grandes expectativas em relação à garota. “Do mesmo modo que existem todos os benefícios e atenções, também existem todas as cobranças e expectativas,” completou Eloyse Pinto.

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Jornal da Paraíba

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