VIDA URBANA
Filhos de Fátima Lopes falam sobre acidente pela primeira vez
Filhos se emocionam ao falar sobre a dor de perder a mãe, Fátima Lopes, em trágico acidente de carro. Pedido de liberdade provisória do acusado ainda não foi julgado.
Publicado em 27/01/2010 às 13:31
Karoline Zilah
Três dias após a morte da chefe da Defensoria Pública da Paraíba, Fátima de Lourdes Lopes Correia Lima, de 55 anos, os seus três filhos se emocionoram ao falar sobre o assunto pela primeira vez para a imprensa.
Assista à reportagem no vídeo ao lado.
Acidente
Carlos Martinho Correia de Lima, de 59 anos, dirigia a caminho de uma missa ao lado da esposa, Fátima de Lourdes, às 6h do domingo (24), quando o veículo foi atingido por outro carro em um cruzamento na avenida Epitácio Pessoa.
Carlos Martinho recebeu alta depois de dois dias internado no Hospital da Unimed, em João Pessoa.
Pedido de liberdade provisória
O acusado de provocar o acidente, o psicólogo Eduardo Henrique Parede do Amaral, de 32 anos, continua detido em uma cela especial na Central de Polícia. O advogado dele, Abraão Beltrão, entregou na terça-feira (26) um pedido de liberdade provisória ao 2º Tribunal de Júri.
O documento deverá ser analisado em um prazo de 5 dias pelo juiz Marcos William, com base em parecer emitido pelo promotor de Justiça Márcio Gondim. Caso seja deferido, Eduardo Parede poderá responder ao processo em liberdade. Caso contrário, a defesa tem o direito de recorrer ao Tribunal com um pedido de habeas corpus. A expectativa é de que o acusado seja transferido para um quartel, e não para um presídio, como é de praxe.
“Ele está tranquilo na medida do possível, mas muito ansioso aguardando o resultado e angustiado ao mesmo tempo pela morte de Fátima Lopes, porque ele tinha parentesco com ela. A mãe dele era prima de 2º grau da defensora. Ele é uma pessoa do bem, que nunca respondeu a um processo, nem de cobrança”, revelou o advogado Abraão Beltrão.
Homicídio doloso
Eduardo Parede foi indiciado por homicídio doloso, quando a pessoa assume o risco de produzir uma morte. Com base em depoimentos de testemunhas, inclusive de duas pessoas a quem o psicólogo teria dado carona, o delegado Francisco Deusdedit Leitão acredita que o acusado teria dirigido em alta velocidade, acima de 100km/h, na avenida Epitácio Pessoa e ultrapasso o sinal vermelho, provocando a morte da defensora.
Agora o caso é investigado em caráter especial pelo delegado Wagner Dorta, designado especialmente pela Secretaria de Segurança Pública.
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