VIDA URBANA
Fiscalização do CRM constata superlotação na UTI do Isea
Ministério Público abre ação civil pública para investigar superlotação em UTI do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida.
Publicado em 14/06/2012 às 6:00
Uma fiscalização do Conselho Regional de Medicina (CRM) realizada no final do mês de maio apontou que o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) passa por um processo de superlotação no que diz respeito à ala da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na ocasião da visita, foi constatado que 24 pacientes precisavam ser acolhidos nos leitos, contudo, apenas nove estavam disponíveis na unidade. Tal cenário fez com que o Ministério Público entrasse ontem com uma ação civil pública para que essa situação seja revista.
Segundo Luciano Maracajá, promotor do Ministério Público, existe a necessidade da ampliação no número de UTIs neonatal, além da construção imediata de leitos destinados à UTI materna no Isea. De acordo com o promotor, essas são as medidas urgentes que precisam ser tomadas logo, uma vez que há uma superlotação no setor que não pode continuar apresentando fragilidade. “É preciso reparar essas falhas porque o número de leitos é bastante reduzido. Identificamos que há uma fila de espera e isso poderia ser minimizado”, explicou o promotor, que apontou falhas na estrutura da unidade de saúde.
“Foram identificados nove leitos para atender todas as pessoas.
Esse número poderia ser maior, porque há a possibilidade de aumentar um leito, só que não existe um ponto de oxigênio, o que é primário para um hospital”, apontou Luciano Maracajá, que afirmou que essa peça processual será julgada pelo juiz em breve.
Já Francimar Ramos, diretora do Isea, explicou que a superlotação à qual o promotor se refere é devido ao grande número de partos que a unidade realiza ao longo do mês.
Segundo ela, são cerca de 650 nascimentos realizados, inclusive de outras cidades. “Nós recebemos 70% das mães que são de outras cidades e isso dificulta muito. Agora não basta cobrar a ampliação das UTIs do Isea, os outros hospitais da cidade também precisam ter mais leitos”, justificou Francimar, apontando que apenas três das UTIs são pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e as demais são de responsabilidade do município.
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