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VIDA URBANA

Fitoterapia é método eficaz

Uso de plantas como medicamento é uma prática das mais antigas e ganhou força após pesquisas que comprovam sua eficiência.

Publicado em 23/03/2014 às 8:00 | Atualizado em 11/01/2024 às 18:46

Uma das práticas terapêuticas mais antigas da humanidade, a fitoterapia vem despertando o interesse de estudiosos e pessoas que buscam alternativas para o tratamento de doenças. Método baseado no uso de plantas como medicamentos a partir de técnicas farmacêuticas, ela também abrange o conhecimento popular passado de geração em geração e coloca em destaque o potencial que a flora possui.

Segundo a professora doutora do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Leônia Batista, entre as provas benéficas do uso da fitoterapia no dia a dia estão os excelentes resultados obtidos em problemas que acometem o sistema respiratório (gripes, asmas e bronquites), gastrintestinal (gastrites, úlceras, má digestão, colites ulcerativas) e gênito-urinário (infecções urinárias e inflamações).

“Também há comprovação de sua eficácia e segurança na saúde bucal, na redução da glicemia, do colesterol, como antissépticos, cicatrizantes, analgésicos, entre outras indicações”, afirma. “Com maior ou menor eficácia e com o devido acompanhamento do profissional de saúde, exclusivamente ou em associação com outros tipos de tratamento, as plantas medicinais e os medicamentos fitoterápicos têm um amplo campo de atuação”, acrescenta.

Recentemente, o Sistema Único de Saúde (SUS) institucionalizou a fitoterapia como terapia válida a ser empregada entre os pacientes. Contudo, conforme Leônia, alguns cuidados precisam ser tomados antes de optar pela utilização das plantas como tratamento de saúde. A especialista ressalta que não é pelo fato de serem naturais que as plantas não têm efeitos adversos, uma vez que são constituídas de substâncias químicas que podem induzir a processos alérgicos ou a outros problemas.

“Evite o uso indiscriminado e sem a orientação de um profissional de saúde. A planta medicinal e o medicamento fitoterápico, assim como o medicamento sintético, devem ser usados dentro de um esquema posológico, ou seja, devem ser tomados na quantidade correta, durante um período determinado, na forma de preparação adequada e pela via de administração também adequada”, alerta.

A professora ainda chama a atenção para os possíveis danos que a mistura de várias plantas e a associação da fitoterapia com medicamentos sintéticos podem causar, quando não existe recomendação médica. “Plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos apresentam princípios ativos que podem, se usados incorretamente, causar intoxicação aguda ou crônica, inclusive levar à morte”, conclui. (Especial para o JP)

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Jornal da Paraíba

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