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VIDA URBANA

Fraude é principal golpe aplicado em João Pessoa

Entre janeiro e julho deste ano, foram instaurados 190 inquéritos de investigação policial na delegacia, dos quais a grande maioria são casos de golpes.

Publicado em 01/08/2015 às 6:00

Fraude na venda de veículos e imóveis, clonagem de cartões, venda de 'bilhete premiado'. De acordo com o delegado adjunto da Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, Ragner Magalhães, esses são apenas alguns dos golpes que estão sendo aplicados em moradores da cidade de João Pessoa. Segundo ele, somente entre janeiro e julho deste ano, foram instaurados 190 inquéritos de investigação policial na delegacia, dos quais a grande maioria são casos de golpes. “É preciso mais atenção das pessoas, porque praticamente em todos os casos de golpe é possível se prevenir”, alertou.

Em primeiro lugar entre os golpes mais aplicados na capital estão as fraudes nas negociações de imóveis e veículos, segundo Magalhães. Nesses casos, o golpe é sempre bem arquitetado, e os estelionatários – pessoas que se utilizam de artifícios para levar as vítimas ao erro, caindo na fraude – fazem as vítimas acreditarem que estão fazendo sempre um ótimo negócio. No caso da negociação de imóveis, eles chegam a se passar por corretores de imóveis e, após extraírem certo dinheiro da vítima, desaparecem. “Quando alguém for realizar a compra de um imóvel, é importante ter cautela, verificar o registro no Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) do profissional com quem está lidando. Por mais que se pague algo a mais, é preciso ter um profissional acompanhando nesses casos”, orientou o delegado.

No caso da compra de carros, não é diferente. Segundo Ragner Magalhães, é comum pessoas verem vantagem em negociações via internet ou até mesmo em lojas de carros usados e acabarem se tornando vítimas de golpes. “As pessoas procuram muito por carros seminovos, e então compram veículos com documentos em nome de outra pessoa, às vezes com financiamento em aberto, deixa seu carro também alienado na concessionária, vem outra pessoa e fica no compromisso de pagar seu financiamento. Isso deixa a pessoa numa situação complicada. É preciso ter muita precaução. Verificar a procedência da concessionária e, se tiver dúvida, procurar uma delegacia. Da mesma forma pela internet. Não se envia valores antes de se ter uma certeza de que o negócio é legal”, alertou.

CLONAGEM DE CARTÃO É O 2º GOLPE MAIS APLICADO
A venda de bens caros, que estão em primeiro lugar na lista de golpes sofridos pelos pessoenses, é seguida pela clonagem de cartões entre os golpes mais frequentemente aplicados na capital. Seja com o uso de maquinetas ou por meio de ligações telefônicas, bandidos extraem os dados da vítima e realizam compras principalmente na internet. No fim do mês, chega a conta e o transtorno de saber que foi lesado.

“Nesses casos, as pessoas não atentam para a importância de todos os dados contidos no cartão. Muitas vezes, como aconteceu recentemente na operação Trojan, que deflagramos aqui na delegacia e ainda está em andamento, as pessoas entregam seu cartão e não acompanham visualmente o caminho que eles fazem nas mãos de quem o entregou. No caso dessa operação, o recepcionista de um hospital da capital, localizado no bairro de Jaguaribe, pegava os cartões e anotava manualmente os números. Depois, clonava os cartões e efetuava as mais diversas compras. Ele atendia uma média de 600 pessoas por dia”, comentou. Nesta operação, até o momento, foram presas quatro pessoas.

Para evitar ser vítima dessa fraude, o delegado orientou, primeiramente, quanto à necessidade de observar para onde vai o seu cartão e não deixar um funcionário de uma loja ou empresa simplesmente desaparecer com ele em mãos. Além disso, é importante não repassar os dados por internet. “As pessoas às vezes pensam: a senha eu não passo. E então alguém liga, pede o número de liberação, que está atrás do cartão, e as pessoas dão, achando que não tem problema. Só que somente com esses dados já é possível efetuar qualquer compra”, explicou.

GOLPISTAS USAM INOCÊNCIA DA VÍTIMA
Além desses, o delegado destacou golpes que são cometidos se valendo, principalmente, da inocência da vítima. O golpe do 'bilhete premiado', por exemplo, tem como principais alvos idosos. “Eles fazem um jogo tendo em mãos o resultado de um sorteio anterior. Se você não prestar atenção na data parece mesmo que o bilhete é premiado. Recebemos um caso aqui de uma senhora que deu sete mil reais a um homem que dizia que não podia resgatar o prêmio porque tinha um débito bancário. Ele disse que, caso ela quitasse sua dívida, ele daria cerca de R$ 100 mil. Após dar o dinheiro, ele sumiu”, relatou.

Ragner Magalhães ainda informou que existem outros golpes que comumente são aplicados e que chegam à delegacia, transformando-se em inquéritos policiais. São eles os golpes do torpedo premiado, do falso sequestro, do carro quebrado, do envelope vazio. “O do torpedo e do falso sequestro diminuíram bastante, porque as pessoas passaram a se informar e a desacreditar. Mas esse do carro quebrado ainda acontece. Alguém liga, se passa por um familiar e pede dinheiro para consertar o carro. Ou então, no caso do envelope vazio, em transações comerciais, o estelionatário faz uma transação e se compromete em realizar o pagamento via depósito. Quando o faz, coloca um envelope sem dinheiro”, explicou.

Na capital, conforme o delegado, existem quadrilhas especializadas nesse crime que são inteligentes e agem de forma planejada e minuciosa. Por conta disso, ele orientou as pessoas a dobrarem a atenção permanentemente, para evitar serem vítimas desse tipo de crime. “Quando a oferta é demais, desconfie. Tudo que for vantajoso, não aceite, evitando assim ser uma vítima. Antes de tudo, tenha muita atenção no que esteja fazendo e busque informações sobre a situação”, disse, acrescentando que, em caso de perda de documentos, é necessário realizar um boletim de ocorrência, pois na posse desses documentos, bandidos podem se passar por você e, então, causar um transtorno ainda maior.
“Se você for vítima e a fraude for superior a 20 salários mínimos, deve nos procurar, registrar um boletim de ocorrência, o seu caso será avaliado para ver se tem elementos mínimos que caracterizem uma fraude, para que se decida por instaurar o inquérito policial, que apurará o caso e responsabilizará criminalmente a pessoa responsável”, orientou.

SAIBA MAIS
O delegado destacou que ações policiais estão constantemente combatendo a ação desses golpistas. Somente entre janeiro e julho deste ano foram realizadas 30 prisões, das quais 12 ocorreram somente no mês de julho. Também em julho foram instaurados 31 inquéritos, realizadas 79 cautelares de busca e apreensão, 55 bloqueios judiciais de contas, 93 quebras de sigilo e interceptações de ligações telefônicas e 48 representações de pedidos de prisão temporária e preventiva somente na Delegacia de Defraudações e Falsificações da capital.

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Jornal da Paraíba

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