VIDA URBANA
Funad: ações para mudar situação
Mantida pelo Governo do Estado, a Fundação qualifica professores para atuar com alunos especiais na rede estadual de ensino.
Publicado em 24/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 01/06/2023 às 16:38
Criada em 1989, a Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad) é a responsável por prestar assistência a crianças e adultos com limitações físicas, mentais e intelectuais na Paraíba. Mantida pelo Governo do Estado, a Fundação também realiza qualificação de professores.
A presidente da entidade, Simone Jordão, admite a deficiência na alfabetização, mas destaca que medidas vêm sendo tomadas para mudar esse quadro.
“É verdade que existe essa lacuna na área de educação, mas, de 2010 para cá, estamos tentando mudar isso. Firmamos convênio com a Secretaria de Educação para oferecer qualificação a professores das 14 gerências regionais de educação do Estado. Só entre março a dezembro do ano passado, qualificamos 170 docentes nessa educação especializada”, declarou.
“Já temos a programação de qualificações que serão realizadas ao longo deste ano. Com isso, estamos gradativamente preenchendo essa lacuna existente na formação de professores”, acrescentou.
A gestora ainda destacou que, graças a essas iniciativas do governo, algumas estatísticas já começaram a mudar na área de educação. “Em 2010, tínhamos cerca de 14 mil de pessoas com deficiências no ensino regular. Em 2012, essa quantidade já subiu para 21 mil. Isso mostra que a alfabetização é um processo em construção. Lógico que ainda existe fragilidade, mas estamos qualificando para mudar isso”, assegura.
NOS MUNICÍPIOS
João Pessoa é a cidade que concentra a maior quantidade pessoas com deficiências que não sabem ler nem escrever.
São 27.075 moradores nessa situação. A cidade é seguida por Campina Grande (19.073), Santa Rita (10.822), Patos (8.098), Bayeux (7.683), Sousa (6.869), Sapé (6.541), Mamanguape (5.036), Guarabira (4.791) e Cajazeiras (4.726).
Na capital, o governo municipal está adotando uma série de ações para garantir a alfabetização de alunos com deficiências. Entre as medidas, está a contratação de educadores que ajudam os professores a acompanhar o desempenho dos estudantes em sala de aula.
“Temos cerca de 450 alunos com deficiências matriculados em nossa rede. Entre eles, há bebês, crianças e adultos. Aqueles que têm dificuldade de locomoção contam com o apoio dos 140 educadores contratados pela prefeitura, que ficam nas escolas durante o horário em que o aluno estiver, para auxiliar o estudante. Ainda temos 45 intérpretes de Libras”, explica a coordenadora de Educação Especial da Secretaria de Educação de João Pessoa, Susi Belarmino.
Outra iniciativa é aquisição de 12 ônibus escolares adaptados para transportar cadeirantes. Os veículos já foram adquiridos e começaram a circular no início deste ano letivo.
“Priorizamos os alunos com dificuldades de locomoção, porque são 12 ônibus. Mas a tendência é ampliar essa quantidade para atender todos os alunos com deficiências. A educação inclusiva é um desafio que estamos enfrentando”, garantiu Susi Belarmino.
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