VIDA URBANA
Fungos ameaçam as árvores em Campina
Segundo o secretário de Meio Ambiente, em alguns pontos da cidade já começaram as ações de combate aos fungos e cupins.
Publicado em 27/03/2012 às 6:30
As árvores do canteiro da avenida Floriano Peixoto, localizadas no trecho entre o viaduto Elpídio de Almeida e o Teatro Municipal Severino Cabral, em Campina Grande, estão ameaçadas de perderem a vida pela ação degenerativa dos fungos. No trecho, as espécies mais comuns são ipê, aroeira da praia, cacau bravo e sombreiro, que apresentam um estado comprometido, já que além dos agentes nocivos também são alvos de ataques de cupins.
Segundo análise feita pelo engenheiro agrônomo Alexandre de Azevedo Camilo, a falta de tratamento fitossanitário e de análise fitopatológica tem sido a principal consequência para o aparecimento das pragas que já provocaram o desenvolvimento degenerativo das árvores. “As árvores apresentam uma incidência de fungos muito grande que podem vir a causar até a morte da planta. Além disso, também há plantas parasitas que as habitam e estão comprometendo o seu desenvolvimento. Isso está acontecendo principalmente pela falta de uma política sistemática e planejada com critérios paisagísticos em Campina Grande de forma adequada”, explicou o especialista.
Segundo o secretário de Meio Ambiente do município, Fábio Almeida, em alguns pontos da cidade já começaram as ações que visam combater essas pragas que estão colocando em risco a vida verde de Campina Grande. “Há cerca de um mês nós já estamos combatendo as pragas que se alojaram nas árvores, principalmente os cupins. Nós enviamos uma equipe de biólogos para fazer o estudo, mas quando a degeneração está avançada não há muito o que fazer”, disse o secretário que confirmou que o corte de uma árvore nas proximidades da Secretaria de Finanças, na Floriano Peixoto, foi em consequência da ação de cupins.
Para os casos que não apresentam um avanço muito grande desses organismos que podem causar a morte das árvores, a poda dos galhos onde as pragas estão inicialmente alojadas é uma das alternativas. Contudo, Fábio Almeida reconheceu que para evitar que até o corte da planta seja realizado, o tratamento com remédios que combatam a proliferação desses males pode ser usado sem danos às plantas. “O combate às pragas é simples e barato. Estamos colocando em prática um sistema de fiscalização para identificar quais as áreas mais afetadas. Nós ainda não temos um número total dessas plantas na cidade, mas desde junho do ano passado até agora, já plantamos 800 novas mudas”, contou Almeida se referindo à política de arborização de Campina Grande.
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