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VIDA URBANA

Gasolina é vendida ilegalmente no Agreste

Combustível estava sendo vendido em lan house do distrito de Galante.

Publicado em 17/09/2011 às 6:30

João Paulo Medeiros

Em Campina Grande, uma decisão judicial de 2009 determina a busca e apreensão de gás de cozinha ou outros combustíveis que estejam sendo comercializados irregularmente. Apesar disso, a prática antiga continua fazendo parte da rotina da cidade e provocando riscos para a população.

No distrito de Galante, que possui mais de dez mil habitantes, 'atravessadores' se aproveitam da falta de postos de combustíveis para vender, de forma clandestina, gasolina acima do preço de mercado. Enquanto o litro custa em média no município R$ 2,66, o produto é comercializado por R$ 2,80.

Sem nenhum tipo de fiscalização, o combustível é vendido em pelo menos quatro pontos do distrito. Em dois deles, as condições de armazenamento são precárias. Em uma casa alugada localizada no Centro do distrito, a placa colocada do lado de fora indica que o estabelecimento funciona como lan house, mas dentro do imóvel televisões e jogos de videogame dividem espaço com tambores e litros do combustível, colocando em risco as crianças e quem mora perto do local.

Em um outro local, na saída do distrito para a cidade de Fagundes, o combustível também é armazenado em tambores e distribuído artesanalmente em garrafas pet, no interior de uma oficina especializada no conserto de motocicletas, próximo a máquinas e a equipamentos eletrônicos.

A reportagem do Jornal da Paraíba conversou com o proprietário da oficina: - Essa gasolina é boa? “É boa. Essa aqui vem de um posto do Cajá”, contou o proprietário da oficina, sem saber que estava sendo gravado. - Vende bem aqui? “Aqui tem dia de eu vender até 120 litros. E não sou só eu que vendo aqui. São quatro. São quatro vendendo”, revelou.

Sindicato

O presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Derivados do Interior da Paraíba (Sindirev), Bruno Agra, considerou as denúncias graves e disse que vai pedir rigor aos órgãos de fiscalização para que interditem os locais.

“Essa é uma prática muito perigosa e que causa prejuízos não só para a categoria, mas põe em risco toda a sociedade. Não se pode conceber alguém vendendo gasolina em garrafas pet, de forma artesanal”, destacou.

“O combate a esse tipo de atividade tem que ser permanente, continuado, porque os clandestinos muitas vezes recuam por um tempo e depois voltam a atuar. A Promotoria do Consumidor pode e deve atuar realizando operações em conjunto com o Corpo de Bombeiros e com a ANP no sentido de coibir essa prática ilegal”, observou o coordenador do Centro de Apoio Operacional (Caop) das promotorias do consumidor do Estado, Clístenes Bezerra.

Imagem

Jornal da Paraíba

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