VIDA URBANA
Gevisa fiscaliza matadouros
Operação da Gerência de Vigilância Sanitária inspecionou três lugares que estariam funcionando como matadouros clandestinos.
Publicado em 06/12/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 13:17
A Gerência de Vigilância Sanitária (Gevisa) de Campina Grande inspecionou três estabelecimentos ontem pela manhã em Campina Grande, que estariam funcionando como matadouros clandestinos.
Nenhum flagrante foi confirmado, mas a Gevisa encontrou criações insalubres de animais e irá notificar a Secretaria Municipal do Meio Ambiente para investigar estas condições. A operação de fiscalização contou com apoio da Polícia Militar (PM) e acontece também na manhã de hoje, em mais sete locais, na zona rural da cidade.
Ontem pela manhã, a fiscalização aconteceu nos bairros Malvinas, Novo Cruzeiro e Jeremias. Em um dos estabelecimentos, localizado nas proximidades do Mercado das Malvinas, foram encontradas várias carcaças de animais, mas um funcionário informou que há cinco meses, quando foi notificado pela Gevisa, o lugar funciona apenas como abrigo para animais que são comercializados na feira de gado de Campina.
O secretário executivo da Gevisa, Daniel Gonçalves, alerta que a carne oriunda de matadouros ilegais pode contaminar o consumidor e causar doenças sérias.
“Nestes locais não há higiene, a forma de abate é grotesca, o animal é morto com tiros, a pauladas. Além disso, não há inspeção veterinária para examinar se o animal estava contaminado com alguma doença ou parasita antes de morrer e que pode ser passado para o ser humano”, explicou.
Segundo o inspetor sanitário da Gevisa, Luciano Diniz, na hora da compra o consumidor precisa verificar se a carne possui o carimbo do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) ou exigir a nota de procedência ou nota fiscal, que irá mostrar se a carne tem o selo do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) ou do Serviço de Inspeção Federal (Sife), caso ela venha de outros estados.
“Se a carne não tiver nenhuma destas identificações, não deve ser comprada em hipótese nenhuma, pois representa um risco à saúde. O consumidor também precisa observar as condições de higiene do açougue antes de comprar”, disse.
Caso sejam constatados sinais de abatimento clandestino, os locais flagrados são imediatamente interditados e os proprietários notificados e submetidos a um auto de infração e posterior multa, que pode variar de acordo com o nível das irregularidades cometidas. Só há prisão se o proprietário reagir de forma truculenta durante as abordagens. A Gevisa irá elaborar um relatório com o resultado das fiscalizações, que deve ser encaminhado ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) através das Promotorias do Consumidor e do Meio Ambiente, para averiguar os casos.
DENÚNCIAS
Conforme Luciano Diniz, a Gevisa recebe uma média de quatro denúncias por mês sobre a existência de matadouros clandestinos. “O número pode parecer baixo, mas um matadouro clandestino funcionando já é um imenso perigo para a população. A nossa dificuldade é que os denunciantes não informam o horário do abate nestes locais e nós não temos como ficar de plantão 24 horas no local suspeito. Em muitos casos, o animai é abatido de noite, ou de madrugada”, afirmou.
As denúncias podem ser feitas na Gevisa, localizada no Serviço Municipal de Saúde, no bairro da Prata ou através do telefone 3310.6178.
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