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VIDA URBANA

Gravidade de acidentes de moto atrasa cirurgias

Pacientes vítimas de acidentes com moto precisam de próteses para correção e espera por procedimento cirúrgico de ortopedia é maior.

Publicado em 06/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:51

O alto número de pacientes atendidos no Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, envolvendo acidentes com condutores de motocicletas tem sido a principal causa do atraso para a realização de procedimentos considerados de alta complexidade no setor de ortopedia do hospital.

Pela gravidade dos acidentes, muitas pessoas acabam esperando até mais de uma semana por cirurgia, já que elas precisam utilizar próteses (membros ou próteses articulares) que demoram a ser entregues devido à dificuldade do hospital em receber os aparelhos dos fornecedores. As peças vêm de Alagoas, Recife, João Pessoa e também são adquiridas em Campina Grande.

De acordo com a direção do Hospital de Trauma, só este ano, entre os meses de janeiro e agosto, foram realizadas 2.618 cirurgias de ortopedia a partir de acidentes com motocicleta, sendo 1.765 feitos na própria unidade e 853 no Hospital Pedro I, a partir da parceria com a Prefeitura de Campina. No mesmo período do ano passado, os procedimentos cirúrgicos chegaram a 2.567.

Segundo o diretor do Trauma, Geraldo Medeiros, até 40% desses procedimentos cirúrgicos são de pacientes que precisam de próteses, mas pelo alto custo dos equipamentos e a dificuldade dos fornecedores em entregar as peças dentro de um curto prazo, as cirurgias acabam atrasando. “Não sei ao certo o valor real dos recursos destinados apenas para as próteses, mas são itens que custam entre R$ 1 mil até R$ 65 mil.

Pela complexidade dos acidentes, os próprios pacientes são prejudicados, porque o hospital não tem como receber os equipamentos em pouco tempo”, disse.

Pela característica dos acidentes de motos, que submetem às vítimas a polifraturas, o diretor do Trauma ainda destacou que em muitos casos a família do paciente acaba culpando o hospital, mas a instituição não deve ser responsabilizada, já que a complexidade do acidente é que determina que tipo de prótese o acidentado terá que usar.

“Enquanto a cirurgia não é realizada, nós os submetemos aos exames cardiológicos e clínicos, mas apenas quando os equipamentos são entregues é que podemos concluir todo o procedimento”, acrescentou Geraldo Medeiros.

Quem vive a situação de aguardar uma prótese é José Ednaldo Gonçalves da Silva, 49 anos, que está no Hospital de Trauma de Campina Grande desde o dia 27 de outubro.

De acordo com a irmã do paciente, Edneide Gonçalves, ele chegou a ser submetido a uma cirurgia, mas ainda aguarda sem previsão por uma placa especial solicitada pelo médico para passar por um novo procedimento para colar o fêmur e o tornozelo que ficaram comprometidos após o acidente.

“Nós somos de Prata e temos que ficar nos revezando para acompanhar ele. O maior problema é que não temos previsão de quando o material vai chegar e ele vai poder realizar a cirurgia”, contou.

Já Gilvan Pereira de Moura, 42 anos, que reside em Coremas, Sertão, e está internado no Trauma desde o dia 11 de setembro, quando passou por uma cirurgia inicial de enxerto, após sofrer um acidente de moto. Com a cirurgia marcada para hoje, para a colocação de um fixador no quadril, Gilvan afirma que está ansioso para voltar para casa.

“Há três mês estou internado, aguardando um fixador para a nova cirurgia. Não vejo a hora de rever os meus filhos. No hospital a gente ri e chora tentando matar um pouco da saudade”, revelou.

ACIDENTES NA ZONA RURAL

O diretor do Trauma, Geraldo Medeiros, ressaltou que apesar do aumento na divulgação de campanhas educativas e de fiscalização dos órgãos de trânsito, além da Lei Seca que se tornou maios rígida, a quantidade de acidentados atendidos no Hospital de Trauma de Campina Grande tem se mantido, principalmente pelas vítimas da zona rural dos municípios procurarem atendimento na unidade.

“É algo que mudou a cultura de um povo. Hoje, apesar de termos mais fiscalização nas áreas urbanas, praticamente não se utilizam mais animais para transporte na zona rural. Os agricultores adquirem as motos, facilitam seu transporte, mas infringem as leis de trânsito e se envolvem em acidentes”, comentou Geraldo.

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Jornal da Paraíba

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