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VIDA URBANA

Grávidas recorrem ao uso de repelentes naturais para evitar o mosquito

Anvisa recomenda aos pacientes evitarem o uso do produto, já grávidas e médicos defendem a eficácia dele.

Publicado em 20/12/2015 às 13:28

Em tempos de preocupação com o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, da chikungunya e da zika – que, segundo o Ministério da Saúde, tem possibilidade de relação com casos de microcefalia – os repelentes naturais têm se tornado aliados da população. À base de citronela, andiroba, óleo de cravo e outras substâncias, a eficácia desses compostos é questionável, tendo em vista a imprecisão do tempo de proteção e os desconhecidos possíveis efeitos colaterais por eles causados. Por esse motivo, a principal recomendação é que eles sejam evitados, segundo órgãos oficiais como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e alguns profissionais de saúde.

A advogada Raphaella Ventura optou por usar o repelente natural. No seu oitavo mês de gestação, ela faz parte do grupo de pessoas que tem se preocupado com a prevenção à picada do mosquito.
Ela pediu ao seu ginecologista uma indicação. A opção dada por ele foi um repelente natural à base de cravo. “Ele me disse que tinha feito pesquisas e que esse era um repelente eficaz e natural, e que seria bom para mim e para o meu filho, que tem dois anos. Fiz, estou usando e gostando muito”, disse.

Um punhado de cravos descansados por três dias em meio litro de álcool, o equivalente ao dobro da quantidade de cravos. Após esse período, o líquido é coado e misturado a uma quantidade de óleo corporal. Essa foi a receita que o ginecologista Giordano Leite repassou para ela. Segundo ele, a ação do repelente natural é boa e não existe comprovação de que ele não possa ser utilizado.

"Ele é um repelente mais em conta e que tem praticamente o mesmo efeito. Fiz algumas pesquisas e vi que o odor do cravo, por ser forte, afasta os mosquitos. Tenho indicado para minhas pacientes, assim como também oriento para que usem meias, calças compridas, selem as janelas e as portas, evitem deixar locais com água parada”, orientou, revelando que os repelentes devem ser uma proteção a mais.

Raphaella aplica o repelente natural a cada duas horas quando está em ambientes onde há vulnerabilidade. O uso de roupas de manga tem sido sua prioridade.

Nem todos são favoráveis ao uso de repelentes naturais. O dermatologista Jader Freire defende que a indicação é o uso dos repelentes atestados pela Anvisa. "O que as pessoas precisam saber sobre isso é que é preciso ter pesquisas, senão não dá para saber a segurança. Nesse momento, principalmente, as pessoas precisam usar aqueles que são de recomendação da Anvisa”, orientou.
Ele ainda alertou que o uso de substâncias que tenham efeitos desconhecidos é perigoso, tendo em vista que qualquer planta pode causar reações alérgicas, caso o paciente tenha hipersensibilidade.

Ministério da saúde é contra o produto

Procurados pela reportagem, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se pronunciaram sobre o problema.

De acordo com a assessoria de imprensa do MS, a recomendação é para que as pessoas optem por usar os repelentes aprovados pela Anvisa, que têm segurança e eficácia comprovadas.
A Anvisa informou que os inseticidas naturais ou qualquer produto caseiro utilizado com esse objetivo não têm comprovação de eficácia nem a aprovação pela Anvisa até o momento.
Conforme o órgão, além dos repelentes naturais, também as velas, os odorizantes de ambientes limpadores e incensos que indicam propriedades repelentes de insetos também não estão aprovados pela Agência.

CUIDADOS NO USO

Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda também os seguintes cuidados ao se fazer uso dos repelentes para se proteger do Aedes aegypti:

Evitar aplicação nas mãos das crianças;

Aplicar na pele por cima das roupas, nunca por baixo;

O repelente deve ser aplicado 15 minutos após o uso de filtros solares, maquiagem e hidratante;

Não aplicar o produto próximo aos olhos, nariz ou boca e genitais;

Sempre lavar as mãos após aplicar o produto;

Usar o produto no máximo três vezes ao dia;

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Jornal da Paraíba

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