VIDA URBANA
Greve continua nos Correios
Na Paraíba, são 1.517 servidores da ECT, a maioria suspendeu as atividades; continuação da greve, que já dura 13 dias, foi decidida em assembleia.
Publicado em 25/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:42
Apesar da intervenção do governo federal, a greve dos funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) continua sem previsão de ser encerrada. Ontem, uma comitiva de sindicalistas se reuniu com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo Silva, para discutir o assunto, mas o encontro não encerrou o movimento. Na Paraíba, a categoria realizou assembleia e decidiu pela continuidade do movimento, que completa hoje 13 dias.
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect-PB), Hosman Tavares, em 13 dias de paralisação, a estimativa é que mais de 4,5 toneladas de cartas, faturas e outros tipos de documentos já estejam acumulados nos depósitos da ECT.
Na Paraíba, são 1.517 servidores da ECT. De acordo com Tavares, a maioria dos trabalhadores suspendeu as atividades, no entanto, ele não quis revelar a quantidade de grevistas. Informou apenas que a mobilização já causou a suspensão de 70% dos serviços realizados pela empresa.
“Quase tudo está parado. O setor operacional, onde estão os carteiros, transporte de cargas e atendentes, que é o coração da empresa, está sem funcionar. A empresa colocou alguns funcionários para fazer entrega de correspondências, mas ele estão entregando menos de 1% da quantidade que seria a normal”, declarou. A categoria reivindica aumento real de 13%, reposição de 7,3% sobre a inflação do período 2012 a 2013, além de aumento benefícios sociais. Segundo Tavares, as negociações estão paradas.
Já os Correios, através da assessoria de imprensa, informaram que a empresa realizou todos os esforços junto aos grevistas para fechar o acordo, mas a negociação não obteve êxito porque a federação que representa a categoria nacionalmente recusou o diálogo durante audiência de conciliação no TST e preferiu deflagrar paralisação parcial, levando ao dissídio.
A empresa ainda acrescentou que vai pagar, até o dia 3 de outubro, as diferenças do reajuste de 8% referentes aos meses de agosto e setembro aos trabalhadores, por meio de crédito bancário.
O acordo foi firmado no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Além disso, o Correio se comprometeu em conceder parte das outras reivindicações feitas. Segundo a empresa, 90% dos trabalhadores não aderiram à paralisação e continuam em atividade normalmente no país. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, a rede de atendimento está aberta em todo Brasil e todos os serviços, inclusive o Sedex e Banco Postal, estão disponíveis, com exceção da postagem, entrega e coleta de encomendas com hora marcada nos locais com paralisação deflagrada.
Comentários