VIDA URBANA
Greve da UEPB impede 1,5 mil atendimentos
Greve deixa clínicas escolas da UEPB paradas e mais de 1,5 mil atendimentos gratuitos estão deixando de ser realizados.
Publicado em 14/03/2013 às 6:00
Mais de 1.500 atendimentos deixaram de ser realizados nas quatro unidades de saúde da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no bairro de Bodocongó, em Campina Grande, desde que professores e servidores técnicos, deflagraram greve no final do mês passado. Uma nova reunião deverá ser marcada entre reitoria e categorias em greve, mas até ontem, a paralisação ainda não tinha data certa para acabar.
Conforme a assessoria de Comunicação da UEPB, todas as unidades de saúde estão com as atividades paradas e nenhum tipo de atendimento está sendo feito.
Por causa disso, os pacientes que utilizavam os serviços nas clínicas de Fisioterapia, Odontologia, Enfermagem, Psicologia e no Laboratório de Análises Clínicas (LAC) estão tendo que buscar atendimento em outras unidades vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Além de oferecer serviços gratuitos, as unidades de saúde funcionam como laboratórios de estágios para os alunos dos cursos da Saúde da UEPB. Somente no LAC são realizados 200 procedimentos laboratoriais por semana, além de 250 no setor de Odontologia, 100 em cada um dos setores de Fisioterapia e Enfermagem e 70 no de Psicologia, durante o mesmo período.
Ainda de acordo com a assessoria da UEPB, as clínicas foram reabertas no dia 25 de janeiro, depois do recesso do final de ano, funcionando por pouco mais de um mês, antes de ter seus serviços interrompidos pela greve. Uma das novidades deste ano foi a modernização da estrutura física da Clínica de Odontologia, com o objetivo de aumentar o número de atendimentos.
Conforme a diretora de Comunicação da Associação dos Docentes da UEPB (ADUEPB), Salete Vidal, foi marcada uma reunião entre os grevistas e a reitoria da instituição na última terça-feira, que teria sido cancelada a pedido da administração da UEPB.
“O reitor Rangel Júnior pediu a pauta de reivindicações das categorias para marcar uma nova reunião”, disse. Salete Vidal contou que a ADUEPB encaminhou o ofício ontem pela manhã e permanece aguardando uma nova reunião.
Os professores iniciaram paralisação no dia 21 do mês passado e deflagraram uma greve, por tempo indeterminado, no dia 26 do mesmo mês, exigindo um reajuste salarial de 17,7%.
Já os servidores técnicos entraram em greve no dia 20, um dia antes da paralisação dos professores, pedindo um reajuste de 10,5%. As duas categorias também solicitam melhorias nas condições de trabalho.
Conforme o reitor Rangel Júnior, o orçamento de 2013 da UEPB não tem condições de arcar com estas despesas. Ele apresentou o orçamento 2013 no último dia 4, no Museu Assis Chateaubriand (MAC), em Campina Grande. De acordo com os dados, dos R$ 231,360 milhões do orçamento deste ano, R$ 201 milhões são gastos com o pagamento dos funcionários, o que equivale a 87% do total. Os outros 7% do orçamento foram disponibilizados para despesas correntes e os 6% restantes, para o capital da instituição.
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