VIDA URBANA
Greve em bancos atinge 132 agências; caixas serão abastecidos até sexta
Mais de 132 agências bancárias de região metropolitana de João Pessoa, Campina Grande, Brejo, Patos e Catolé do Rocha estão com os serviços parados.
Publicado em 29/09/2010 às 9:26
Jean Gregório
Do Jornal da Paraíba
Mais de 3,5 mil bancários deflagraram greve geral por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (29), nas mais de 132 agências bancárias de região metropolitana de João Pessoa, Campina Grande, Brejo, Patos e Catolé do Rocha.
Nas assembleias realizadas pela categoria na noite desta terça-feira (28), na Capital e em Campina Grande, a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 4,29% foi rejeitada pela categoria que reivindica 11%.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, que responde por 70 agências de 50 municípios, informou que a proposta da Fenaban “apenas repõe a inflação do período e o índice é muito aquém dos lucros dos bancos no mesmo período. Eles faturaram 32% somente no primeiro semeste. O que os bancos estão fazendo é uma provocação aos bancários. A economia está crescendo como nunca, por isso esperamos uma forte adesão da categoria”, estima.
Caixas eletrônicos
Marcos Henriques informou ainda que o Sindicato dos Bancários vai “garantir somente abastecimento dos caixas eletrônicos de auto-atendimento até o último dia de pagamento dos aposentados e pensionistas do INSS”, revelou. O pagamento deverá ser encerrado até sexta-feira.
Procon
O coordenador do Procon de João Pessoa, Wateau Rodrigues, disse que greve “é uma questão trabalhista que diz respeito aos bancários e os bancos, mas o direito do consumidor terá de ser resguardado pelas instituições, pois o serviço é considerado essencial.
Nesse caso, os bancos como fornecedores terão a responsabilidade, independente da greve, de manter os serviços essenciais funcionando com os caixas eletrônicos.
Caso os consumidores se sintam prejudicados no pagamento de contas nos próximos dias, poderão se dirigir ao Procon Municipal, caso as empresas queiram cobrar multas e juros nesse período de greve”, revelou Watteau, que descartou qualquer intermediação entre bancos e bancários. “Essa é uma atribuição do Poder Judiciário não de Procon”, declarou.
Em Campina Grande
Na região do Compartimento da Borborema, os bancários do Sindicato de Campina Grande, que representa 62 agências de 17 municípios, confirmaram adesão à greve, em assembleia realizada no início da noite de ontem, no auditório da entidade, que contou com a participação de mais de 200 funcionários de instituições bancárias públicas e privadas.
O movimento irá paralisar os atendimentos nas agências e nos postos de atendimentos e terá o apoio de aproximadamente 850 bancários.
“Deliberamos por greve em tempo indeterminado com o objetivo de reivindicarmos mais contratações, mais segurança, um reajuste salarial de 11%, uma melhor participação nos lucros, o cumprimento da lei das filas por parte dos bancos e o aumento de nosso piso salarial”, argumentou o presidente do Sindicato dos bancários do município, Rostand Lucena. O piso salarial da categoria é de pouco mais de R$ 1.070,00. (Com informações de João Paulo Medeiros)
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