Greve suspensa: delegacias da Polícia Civil voltam a funcionar

Karoline Zilah

Foram 20 dias de discussões sobre a aceitação dos pisos salariais propostos pelo Governo do Estado aos policiais civis nos projetos de lei que ficaram conhecidos como "PEC 300 da Paraíba". Apesar da insatisfação expressada por uma greve que durou mais de três semanas em nível estadual, a categoria resolveu decretar a suspensão por 15 dias do movimento e volta ao trabalho normal nesta terça-feira (16), após o feriadão.

As delegacias, tanto distritais quando regionais, e as Centrais de Polícia abrem suas portas a partir das 8h. O policiais decidiram dar um prazo de 15 dias para que seus pleitos sejam estudados pela equipe econômica do governo. Eles reivindicam equiparação salarial com os pisos pagos em Sergipe, conforme havia sido prometido pelo governador José Maranhão (PMDB).

"A categoria considera que as negociações com o atual governo não vêm se desenvolvendo e optou por conceder o prazo de 15 dias para que a equipe econômica possa estudar os números solicitados pelos policiais civis e enviar nova mensagem à Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba, com as alterações necessárias", declarou o presidente da Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba (Aspol-PB), Flávio Moreira, em nota enviada à imprensa.

O representante também comentou que já encontrou o governador eleito Ricardo Coutinho (PSB) para garantir o andamento das negociações em sua gestão.

Apesar da Polícia Civil estar oficialmente em greve e de haver uma escala de funcionamento para as delegacias, elas funcionavam normalmente na segunda semana da paralisação, o que enfraqueceu o movimento. Em Campina Grande, a categoria não aderiu ao movimento, deixando claro que preferia receber os novos salários aprovados pela Assembleia Legislativa.