VIDA URBANA
Há 750 índios instalados na capital
60% dos índios que vivem em JP estão na periferia e têm subempregos. As informações são do Conselho de Liderança dos Tabajara.
Publicado em 29/01/2012 às 6:30
Aproximadamente 60% (450) dos índios Tabajaras que estão em João Pessoa vivem na periferia, conforme informações do presidente do Conselho de Liderança dos Índios Tabajaras do Litoral Sul da Paraíba, Paulo dos Santos, 49 anos.
Segundo ele, no total, há 750 índios Tabajaras instalados na capital paraibana, distribuídos por 11 bairros, entre eles Valentina de Figueiredo, Cristo e Mandacaru. Em se tratando das 'favelas' propriamente ditas, há índios na Porto de João Tota (em Mandacaru), Nova República (Geisel), Porto do Capim (Varadouro), entre outras comunidades.
“A maior parte desse índios trabalham como ambulantes, pedreiros, empregadas domésticas. Quando somos expulsos das nossas terras vamos para a periferia”, comenta Paulo, que mora atualmente com a esposa e quatro filhos, no bairro do Cristo. “Hoje os filhos já se adaptaram a essa vida, perderam a cultura indígena. Mas nossos pais morreram trabalhando para os outros e morando nas favelas”, aponta o líder Tabajara.
O cacique geral da tribo Potiguara Aldeia Forte - localizada na Baía da Traição (Litoral Norte), Sandro Gomes Barbosa, afirma que os índios têm que estudar e se esforçar bastante para superar a discriminação que sofrem e assim conseguir melhores oportunidades na zona urbana. Segundo ele, cada aldeia tem uma escola custeada pelo poder público e atualmente os índios que migram para a cidade são qualificados.
“Já temos gente do nosso povo assumindo empregos importantes na cidade. Tem índio na chefia da Secretaria Indígena (Sesai), na Funai, entre outros órgãos”, destaca o cacique Potiguara, ao informar que sua aldeia conta com cerca de 580 índios.
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