VIDA URBANA
Homem acusado de participar do homicídio de modelo é condenado
Júri de Mateus Alves da Silva foi realizado no Fórum de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa e durou quase 10 horas.
Publicado em 29/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:26
Quase 1 ano depois da morte do modelo Dalmi Barbosa, um dos três acusados pelo crime foi julgado ontem e condenado a 17 anos de reclusão, inicialmente, em regime fechado. O júri de Mateus Alves da Silva, realizado no Fórum de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, durou quase 10 horas e o resultado foi informado por volta das 20h30 pela titular da 1ª Vara de Execução Penal da comarca de Santa Rita, Lilian Cananéa. Dalmi foi assassinado a tiros em 22 de dezembro de 2012 em Santa Rita.
A magistrada informou ainda que o presídio onde o réu cumprirá a pena será escolhido pelo juiz das execuções penais da capital. Já o julgamento da suposta mandante do crime, Ana Paula Teodozio de Carvalho, que era amiga do modelo e da noiva dele, e de Júlio César Xavier do Nascimento, executor dos disparos, foi remarcado, por decisão da juíza, para o próximo dia 13 de fevereiro de 2014.
A decisão foi tomada porque os advogados de defesa dos desses dois acusados não compareceram à sessão. Sendo assim, Ana Paula e Júlio César saíram do tribunal algemados e retornaram aos presídios, onde cumprem a prisão preventiva.
Os advogados de Júlio César foram autuados. A juíza deu um prazo de 10 dias para ele contratar novos advogados, após o réu dizer que não queria continuar com os faltosos. Caso ele não consiga advogado até o final do prazo estabelecido, lhe será concedido um defensor público.
Outro acusado, André Pedro da Silva, que foi detido com a arma do crime e autuado por porte ilegal de arma de fogo, aguarda análise de recurso e por isso ainda não tem data para ser julgado.
JULGAMENTO
Único dos réus a ser julgado ontem, Mateus Alves da Silva era acusado de dirigir o carro usado no dia do crime. De acordo com os autos, Mateus tinha uma dívida de R$ 400 com Ana Paula e teria aceitado participar do homicídio para ter a dívida perdoada.
A primeira testemunha de acusação a prestar depoimento foi Raquel Teófilo, noiva do modelo assassinado. Durante suas declarações ela disse que não sabia da existência de nenhum dos três acusados, e que conhecia apenas Ana Paula. Apesar da acusada de ser mandante do crime não estar sendo julgada, o Ministério Público fez alguns questionamentos acerca de uma possível paixão obsessiva de Ana Paula por Raquel, mas ela negou.
EMOÇÃO
Para Sônia Evangelista de Lima, mãe de Dalmi, o adiamento do júri de dois dos réus prejudicou o julgamento como um todo, já que a participação dos envolvidos estão diretamente ligadas, mas mesmo assim não se absteve da esperança. “Quero que se faça justiça e que todos os julgados sejam condenados e paguem a pena máxima por terem me tirado o meu tesouro precioso, meu filho querido”, declarou emocionada. No início da sessão, durante a leitura da denúncia, Sônia chegou a tomar medicação sublingual por uma elevação na pressão arterial.
Durante o julgamento, ela chorou por várias vezes. “É triste ter que estar aqui revivendo tudo outra vez”, disse. (Colaborou Katiana Ramos)
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