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VIDA URBANA

Homicídio cresce 156,7% na PB

Publicado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, estudo mostra que a Paraíba é o 6º estado com maior índice de homicídios.

Publicado em 21/12/2013 às 6:00 | Atualizado em 12/05/2023 às 14:36

Em 10 anos, a taxa de homicídios na Paraíba aumentou em 156,7% e deixou o Estado com o 6º maior índice desse tipo de violência entre 27 localidades do país. É o que revela o estudo 'Causas e Consequências do Crime no Brasil', elaborado pelo pesquisador Daniel Cerqueira e publicado ontem pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).

De acordo com o documento, que está disponível no site do Ipea (www.ipea.gov.br), a Paraíba apresentou em 2000 a média de 15,1 assassinatos em cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2010, essa taxa subiu para 38,7 casos para cada 100 mil pessoas, representando um percentual de 156,7% de crescimento. O índice foi o 4º maior do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia (339,5%), do Maranhão (273,0%) e do Rio Grande do Norte (184,6%).

O desempenho paraibano foi na contramão do que ocorreu em sete locais brasileiros. O estudo analisou dados do Distrito Federal e dos 26 Estados do país. São Paulo (-66,6%), Rio de Janeiro (-35,4%), Roraima (-30,8%), Pernambuco (-27,5%), Mato Grosso (-19,0), Mato Grosso do Sul (-15,9%) e Distrito Federal (-8,7%) conseguiram reduzir a taxa de homicídio ao longo dos dez anos.

O município de Cabedelo, localizado a 17,3 quilômetros de João Pessoa, é a único da Paraíba que apareceu na lista das 20 cidades com as maiores taxas de homicídios do Brasil.

Segundo o estudo do Ipea, em 2010, o município possuía 57,944 habitantes e apresenta porte considerado pequeno. Apesar disso, o local apresentou taxa de 91,754 homicídios na proporção para um grupo de 100 mil habitantes.

Para o presidente da Comissão Estadual de Direitos Humanos da Paraíba, padre João Bosco, os números não mostram a dimensão dos danos causados pelos homicídios. Com experiência de quem atua na área há mais de 20 anos, ele observa que as mortes desestruturam famílias. Para ele, faltam políticas de Estado. “A Paraíba tem políticas de governo. A cada 4 anos, elas mudam e as ações são iniciadas do zero. Uma política de Estado tem continuidade”, analisa.

Ele ainda observa que o governo precisa intensificar as ações contra as drogas. “Quem alimenta o trafico é o dependente, mas, na Paraíba, praticamente não há tratamento para o dependente. A atual estrutura de segurança criminaliza e gera mais violência”, declara.

O secretário de Estado de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, admitiu que a quantidade de homicídios na Paraíba é preocupante. E, para reduzir isso, segundo ele, o governo vem tentando implantar uma política de Estado que garanta a continuidade dos serviços.

“Com relação às drogas, realmente não há uma política de prevenção e tratamento. O governo federal lançou o programa “Crack, é possível vencer”, mas, na prática, isso é uma medida ainda muito tímida. Os Estados não podem encarar isso sozinhos, porque o problema das drogas é nacionalizado. O Brasil não produz cocaína. Ela vem de fora”, afirmou.

“Apesar disso, estamos conseguindo reduzir o numero de homicídios. Entre 2011 e 2012, reduzimos esses crimes em 8% e esperamos diminuir ainda mais em 2013”, acrescentou.

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Jornal da Paraíba

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