Homicídios caem mais de 18% em João Pessoa e Cabedelo

Trinta e dois bairros de João Pessoa e outros 24 do município de Cabedelo apresentaram uma redução geral de aproximadamente 18,5% no índice de homicídios. O balanço divulgado ontem durante a última formatura militar do ano, mostra que, de janeiro a novembro de 2012, foram registrados 296 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) na área de atuação do 1º Batalhão de Polícia Militar. No mesmo período do ano passado, a polícia registrou 363 mortes.

A redução da criminalidade, conforme explica o comandante do 1º BPM, coronel Almeida Martins, é reflexo da atuação que conseguiu apreender 448 armas durante ações de policiamento.

“A meta estabelecida pela Secretaria de Segurança foi de 10%, e conseguimos ultrapassá-la. Fechamos 2011 com 364 armas apreendidas e já conseguimos superar esse volume. Um revólver tem seis munições e se multiplicarmos isso, entendemos quantas vidas foram poupadas diante da apreensão de armamentos”, afirma.

Conforme o coronel, um ponto ainda considerado crítico, onde as expectativas de redução criminal ainda não foram conforme o desejado, é o bairro de Mandacaru, que registrou cinco mortes no mês de dezembro. Já as localidades que apresentaram maior redução foram os bairros de São José e a comunidade Bola na Rede. A última está há um ano sem registrar homicídios.

Em 2012, segundo destacado, o investimento geral da Polícia Militar superou a margem de R$ 22 milhões. Os investimentos tecnológicos incluem a instalação de câmeras para o sistema de videomonitoramento que dão suporte às oito Unidades de Polícia Solidária (UPS) implantadas na capital. A polícia investiu ainda em 45 novas viaturas, reforço em armamentos e 1.100 coletes balísticos para a tropa do 1ºBPM.

O comandante informou que será inaugurada, no primeiro trimestre de 2013, no bairro do Castelo Branco, a mais nova Unidade de Polícia Solidária. No Varadouro, a polícia irá inaugurar uma Unidade de Policiamento Ostensivo, que é uma base móvel da polícia. A UPS funciona como uma base fixa de policiamento comunitário. “A UPS tem a capacidade de dialogar mais tempo com a comunidade e aproximá-la da polícia, inclusive podendo aplicar um projeto social, a exemplo do Bola Solidária, em Mandacaru”, explica Almeida Martins