Homicídios por motivos fúteis revoltam famílias das vítimas

Discussões em bar, ciúmes, volume alto de música e até disputa por animais foram motivos para que várias pessoas fossem assassinadas na Paraíba. Os homicídios cometidos por motivos fúteis revoltam familiares e chocam a sociedade pelo seu grau de barbaridade. A família do estudante Marx Nunes Xavier, assassinado no mês de agosto ainda convive com a revolta decorrente do assassinato do filho.

O rapaz foi barbaramente assassinado quando tentava defender dois homossexuais que estavam sendo agredidos fisicamente.

“O meu filho era uma pessoa solidária e nunca cometeu qualquer ato de covardia contra pessoas. Ele pensava diferente, acreditava que um dias as pessoas poderiam se respeitar. Ele colocou sua vida em risco para defender uma pessoa que nem sequer conhecia. Isso mostra a grande nobreza do ato do meu filho,” disse Pedro Xavier.

O suspeito de ter disparado o tiro que acertou fatalmente Marx Xavier no pescoço, é Aluízio Henrique Silva Cordeiro de Lucena, todas as testemunhas do crime foram unânimes ao acusá-lo.

Aluízio Henrique foi assassinado por engano no dia 30 de setembro, em uma casa no bairro de Mangabeira, onde se escondia da polícia.

“Ele era uma pessoa covarde e fria, suspeito de já ter assassinado oito pessoas. No mesmo dia em que ele assassinou o meu filho, seis horas antes ele havia assassinado um morador de rua, por pura maldade,” completou.

Um dos crimes que mais chocou a Paraíba no ano de 2009 também foi cometido por motivo fútil. A morte de três crianças e dois adultos, fato conhecido por 'Chacina do Rangel' foi motivado por uma discussão entre vizinhos pela partilha de uma galinha e desentendimentos entre os filhos dos dois casais. As vítimas foram assassinadas com golpes de foice e faca pelos vizinhos Carlos Soares e sua esposa Edileuza Oliveira.