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VIDA URBANA

Hospitais de Aroeiras e Teixeira estão interditados eticamente há dois meses

Indicação da interdição dos dois hospitais aconteceu no último dia 16 de janeiro.

Publicado em 15/03/2020 às 11:29 | Atualizado em 16/03/2020 às 7:51


                                        
                                            Hospitais de Aroeiras e Teixeira estão interditados eticamente há dois meses
Foto: Vitinho Galdino/Teixeira em Foco

				
					Hospitais de Aroeiras e Teixeira estão interditados eticamente há dois meses
Foto: Vitinho Galdino/Teixeira em Foco. Foto: Vitinho Galdino/Teixeira em Foco

Os Hospitais Municipais de Aroeiras e Teixeira, respectivamente, no Agreste e Sertão da Paraíba, estão interditados eticamente há dois meses pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB). De acordo com o diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa, as unidades de saúde não têm condições de funcionar da forma em que estão, com ausência de equipamentos indispensáveis e falta de equipe médica, e até a manhã deste domingo (15) seguem interditadas.

O Hospital Municipal Sancho Leite, em Teixeira, foi interditado no dia 16 de janeiro, pelo CRM-PB. Á época, o órgão identificou falta de equipe médica, além de ausência de equipamentos básicos e material cirúrgico, eletrocardiograma, monitor cardíaco, cardioversor e Raio X. A unidade de saúde abastece o atendimento de várias cidades vizinhas, como Matureia, Desterro, Cacimba e até cidades de Pernambuco. “O hospital não tem a mínima condição de realizar qualquer procedimento cirúrgico. No momento em que fizemos a fiscalização, não havia nenhum médico no hospital”, ressaltou João Alberto Pessoa.

De acordo com a Prefeitura de Teixeira, uma lei foi sancionada no município alterando o nome do Hospital Municipal Sancho Leite para Unidade Mista de Saúde Sancho Leite. Dessa forma, conforme explicou a assessoria de imprensa da prefeitura, os atendimentos que antes não poderiam ser feitos devido a ausência de uma equipe médica, passam a ser possíveis.

No entanto, conforme o CRM-PB, a documentação não havia chegado ao Conselho até esta sexta-feira (13) e, por isso, a unidade de saúde ainda não foi desinterditada. Inclusive, os médicos continuam sem prestar atendimento.

Para não prejudicar a população, os atendimentos estão sendo realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), de segunda a sexta-feira, de manhã e de tarde. No Hospital os atendimentos são feitos por enfermeiros e técnicos de plantão.

Sobre o material que foi exigido pelo CRM-PB, a prefeitura explicou que, como a administração mudou a nomenclatura para voltar a entender, eles deixam de ser obrigatórios. No entanto, está sendo realizada uma reforma e ampliação para que a unidade de saúde volte a atender como hospital.

Hospital de Aroeiras

O Hospital Municipal Doroteia Marques de Aguiar, que fica em Aroeiras, foi interditado eticamente pelo CRM-PB também no dia 16 de janeiro. Uma fiscalização feita pelo órgão identificou irregularidades na unidade, como falta de médicos e equipamentos e mofo e infiltrações nas paredes. Além disso, o laboratório só funciona três vezes por semana e a unidade não tem direção técnica.

“Infelizmente, um hospital não pode funcionar desta forma. Esperamos que esses problemas sejam resolvidos o mais rápido possível para que a população tenha um atendimento digno”, explicou o diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa.

De acordo com a secretária de saúde do município, Ângela Marques, em novembro de 2019 foi iniciada uma reforma na unidade de saúde que deve terminar em maio de 2020. O hospital funciona apenas para pronto-atendimento, fazendo os primeiros socorros e referenciando para outros locais. Como atende casos de urgência e emergência, a unidade acaba sendo um ponto para qualquer situação de cidades próximas que não possuem hospitais.

Atualmente, o hospital não tem leitos e a estrutura foi realocada para uma unidade básica de saúde, que não comporta a quantidade de leitos que existia no hospital. Por isso, todos os casos de pacientes mais graves ficam em observação por até 24h. Caso seja necessário, o paciente é transferido para o Hospital de Queimadas ou algum hospital de Campina Grande.

Imagem

Angélica Nunes

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