VIDA URBANA
Hospital Arlinda Marques lotado
Unidade registrou aumento de 40% no crescimento da demanda, que é percebida no ambulatório do hospital, onde crianças e mães se aglomeram.
Publicado em 29/03/2012 às 6:30
O Hospital Infantil Arlinda Marques, em João Pessoa, registrou este mês um aumento médio de 40% no atendimento de crianças em comparação com o mês de fevereiro. Em dias de pico, o crescimento ainda é bem maior, chegando a ultrapassar 60% de aumento, segundo informações da diretoria do hospital. Para se ter uma ideia, na última quinta-feira, 130 crianças foram atendidas na unidade enquanto no mês anterior, foram apenas 80 atendimentos por dia.
O crescimento da demanda é verificado no ambulatório do hospital, onde crianças e mães se aglomeram. O alvoroço obriga funcionários a se desdobrarem para organizar filas para o atendimento. A demora antes de entrar no gabinete médico é inevitável.
Maria Aparecida da Silva Lopes, mãe do pequeno José Cláudio da Silva, de 3 anos e 10 meses, era uma das mulheres que procuraram atendimento na última segunda-feira no Arlinda Marques. “Faz uma semana que ele está tossindo muito, vomitando e febril. A médica receitou antibióticos, ele tomou a cartela toda e não melhorou. Trouxe de novo para ver o que ele tem”, comentou.
Já Geisa Lina da Silva havia levado a filha Gabriela Lina da Silva, 2 anos, que desde o último sábado apresentava sintomas clássicos de virose. “Ela estava mole e indisposta. Hoje (última segunda-feira) amanheceu pior e resolvi trazer para ver que tipo de remédio dar”, contou a mãe.
Mais de 30% dos problemas de saúde enfrentados por crianças nesta época do ano estão relacionados a doenças respiratórias, segundo a diretora técnica do Arlinda Marques, Cecília Sarmento.
O médico Sebastião Oliveira, especialista em pneumologia, explica que para quem já tem doenças respiratórias como rinite e asma, por exemplo, a mudança de temperatura e a baixa umidade relativa do ar comuns nesta época do ano podem agravar os sintomas de espirros, coriza, falta de ar, tosse e até sangramentos.
Os principais responsáveis pelas doenças respiratórias, segundo o especialista, são os ácaros e fungos, que tendem a se proliferar quando o tempo fica ainda mais úmido devido ao início do inverno. “Nesse período, as doenças mais frequentes são as rinites alérgicas, as rinosinusites e as asmas brônquicas. É preciso procurar um médico para fazer o diagnóstico preciso, já que cerca de 80% das pessoas que têm asma vão ter rinite também”, afirma.
Para se prevenir, orienta Oliveira, o ideal é tentar manter o quarto bem ventilado e com a maior entrada de luz possível, pois ácaros e fungos não suportam a luz do sol. “É importante também passar um pano no colchão à noite, se não tiver condições de comprar uma capa antiácaro, pois ele se alimenta de pele. Não é à toa que as crises ocorrem geralmente pela manhã”, comenta. (Angélica Nunes)
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