VIDA URBANA
Arlinda Marques tem 48h para contratar seguranças após surto de pai de paciente
Em caso de não cumprimento, CRM pretende suspender interditar eticamente a unidade.
Publicado em 06/08/2019 às 15:21 | Atualizado em 06/08/2019 às 16:46
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) deu um prazo de 48h para o Hospital Infantil Arlinda Marques disponibilizar policiamento armado para garantir a segurança de profissionais e pacientes da UTI Pediátrica sob pena de interdição ética médica do setor. A notificação foi motivada pelas ameaças realizadas pelo pai de uma criança internada na unidade contra a equipe médica e pacientes da UTI Pediátrica do hospital.
O relatório pedindo que seja providenciado policiamento em um prazo de 48 horas foi entregue pelo Departamento de Fiscalização do CRM-PB. Caso o hospital não atenda à solicitação, será realizada a interdição ética médica da UTI Pediátrica.
O CRM-PB destaca que as interdições éticas realizadas pelo Conselho impedem, exclusivamente, o médico de atender nas unidades de saúde. A medida tem o objetivo de preservar a dignidade do atendimento médico à população e a segurança do ato médico.
A assessoria da Secretaria de Estado da Saúde informou ao Jornal da Paraíba que "o Hospital Arlinda Marques, assim como toda a rede hospitalar estadual, conta com uma estrutura de apoio para segurança patrimonial. De toda forma, cumprindo a orientação do CRM, já está aderindo a ata para contratação de segurança privada".
Entenda o caso
Segundo informações do CRM, o caso aconteceu na última sexta-feira (2), quando o pai de uma criança de 6 anos internada no setor disse que se a filha fosse a óbito, ele mataria uma paciente de 12 anos também internada na UTI. Durante as ameaças, o homem quebrou dois vidros do setor e se feriu, deixando pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde assustados.
“Recebemos a denúncia através de uma das pediatras da UTI. Ela informou que estão todos muito preocupados. A criança, filha do homem que ameaçou as pessoas, está em estado grave, de difícil reversão. Também conversamos com a mãe da criança que foi diretamente ameaçada, ela está muito abalada com o que pode acontecer. A ameaça a esta paciente aconteceu porque ela fez um exame antes da filha do agressor”, explicou o diretor de Fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa.
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