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VIDA URBANA

HU de Campina Grande ameaça fechar as portas

Unidade enfrenta déficit de funcionários. Alerta foi feito na noite de segunda-feira (9) durante homenagem ao aniversário da UFCG.

Publicado em 10/04/2012 às 7:00


O Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande, passa por um momento difícil. A unidade enfrenta há anos o déficit de funcionários e pode fechar as portas, caso o Ministério da Educação (MEC) não realize novos concursos públicos e também não coloque em prática o programa pelo qual os hospitais de universidades federais do país passarão a ser geridos por uma empresa privada. O alerta é do reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Thompson Mariz, homenageado ontem à noite com o título de cidadão campinense, na Câmara de Vereadores do município (CMCG).

De acordo com ele, atualmente a unidade dispõe de 460 servidores, mas precisaria contratar pelo menos mais 250 para suprir suas necessidades. “Eu não vejo outro caminho. Se continuar do jeito que está o hospital vai fechar as portas. A proposta do MEC é que até julho a empresa que vai administrar os hospitais em todo o Brasil se estruture e desenvolva projetos pilotos. E até o fim do ano as universidades poderão aderir a esse modelo. Só há essa alternativa”, explicou Thompson Mariz.

Na mesma sessão especial que concedeu o título de cidadão a Thompson, a CMCG também comemorou os dez anos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) . A propositura foi do vereador Rodolfo Rodrigues (PR), que lembrou a importância da instituição para a cidade. “A UFCG é uma das instituições que melhor representa Campina Grande em outros estados e fora do país”, discorreu, ao justificar a sua proposta.
A solenidade contou com as presenças do prefeito campinense, Veneziano Vital do Rêgo, secretários municipais e dezenas de professores da universidade e pessoas ligadas à área educacional.

A universidade foi criada pela Lei Nº 10.419, de 9 de abril de 2002. No início eram quatro campi universitários, 29 cursos de graduação, sete mestrados e dois doutorados. Contava com 7.770 alunos, 750 professores e 1.500 técnico-administrativos; oferecendo cerca de 1.610 vagas no vestibular. Hoje são 4.765 vagas em 75 cursos de graduação, 18 de mestrados e 10 doutorados. Conta com cerca de 19 mil alunos, 1.420 professores e 1.557 funcionários técnico-administrativos em sete campi.

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Jornal da Paraíba

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