VIDA URBANA
HU de Campina Grande deve ficar sem servidor
Hospital Universitário Alcides Carneiro deve sofrer um colapso com o fim do contrato de 172 servidores temporários.
Publicado em 07/12/2011 às 8:00
O Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) deve sofrer um colapso devido à falta de profissionais de saúde. O fator que mais está contribuindo para que isso ocorra é o encerramento do contrato de 172 servidores temporários, que há dois anos foram aprovados através de um processo seletivo.
Os contratos dos profissionais será encerrado em fevereiro de 2012 e embora o edital admita a possibilidade de prorrogação por esse mesmo tempo não há garantia de que haja recursos federais no próximo ano para assegurar seus salários.
Outro agravante é que 202 servidores do hospital deverão se aposentar até o ano de 2013, de acordo com informações divulgadas pela diretora-geral do HUAC, Alana Abrantes. A situação foi discutida na manhã de ontem, durante reunião extraordinária do Colegiado Pleno do Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal e Campina Grande (UFCG), que deliberou pela composição de uma comissão institucional para buscar no Ministério Público Federal a prorrogação do prazo de validade dos contratos.
O diretor administrativo do hospital, Homero Gustavo, estima que, se não houver a prorrogação dos contratos dos profissionais temporários, 40% dos atendimentos realizados no hospital serão comprometidos. “O HUAC dispõe de 175 leitos, sendo que 19 são de UTI. Com a saída de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de farmácia, radiologia, de enfermagem, entre outros, a quantidade de leitos terá que ser reduzido consideravelmente”, projetou.
Ele disse que não dá pra estimar em números os atendimentos que serão comprometidos, caso não haja a recontratação. “Não teremos um grande impacto em consultas médicas, mas os serviços de internamento e o atendimento à crianças com câncer, por exemplo, serão reduzidos em 50% e na radiologia, 70%”, afirmou.
O reitor da UFCG, Thompson Mariz que também preside o Consuni, referendou a decisão tomada pelo conselho de formar uma comissão para levar a problemática até o Ministério Público Federal. O objetivo é conseguir uma autorização para que os contratos dos servidores temporários seja prorrogado por pelo menos um ano, para que não haja comprometimento dos serviços oferecidos à população paraibana.
Nesse tempo, deverá ser providenciada a realização de um novo processo seletivo ou até mesmo de um concurso público, a depender de autorização do Ministério do Planejamento.
O professor Thompson Mariz disse que vai solicitar o apoio da bancada paraibana no Congresso Nacional para que haja essa autorização.
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