VIDA URBANA
HU deixa de atender mais de mil pessoas
Apesar de serem mantidos 30% dos serviços no HUAC, greve de servidores já impediu mais de mil atendimentos, só na primeira semana.
Publicado em 28/07/2012 às 6:00
A greve dos servidores do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), de Campina Grande, que começou na última segunda-feira, já impediu a realização de mais de mil atendimentos somente na primeira semana de movimento. Como apontou a direção da unidade, apesar de terem sido mantidos 30% dos serviços, os prejuízos à população já são muito grandes, principalmente no setor ambulatorial, internação e marcação de exames, este último superando o número de três mil por mês.
Com 785 funcionários efetivos em seu quadro, o HUAC conta com 503 servidores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), sendo 82 médicos e 421 técnicos; além de 282 trabalhadores vinculados ao Ministério da Saúde, com 81 médicos e 201 técnicos. Desse total, apenas cerca de 230 estão trabalhando para respeitar os 30% da manutenção dos serviços. Além deles, 21 médicos e 153 funcionários contratados não pararam de atender.
Segundo a diretora do HU, Berenice Ferreira, estão funcionando os setores de cirurgias eletivas já marcadas para este mês, a ala de oncologia da unidade e os exames em pacientes internos.
Para ela, está longe de ser o que a comunidade espera a manutenção dos serviços essenciais em pelo menos 30% do quadro, uma vez que a média de atendimentos por mês do hospital chega a atingir o número de oito mil pacientes que têm acesso aos serviços oferecidos no local.
“Nós entendemos a luta dos servidores, sabemos que há uma negociação em curso, mas não podemos também achar normal a população ficar sem os serviços. Esperamos que essa fase de negociação se encerre de maneira rápida para podermos voltar ao normal e continuar prestando nossos serviços”, projetou a diretoria do Hospital Universitário.
Para a direção do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência (Sindisprev), os servidores estão sofrendo com perdas salariais nos últimos anos, além de correrem o risco de não receberem mais gratificações e deixarem de receber percentuais referentes à insalubridade. Para Mauro Plácido, também está em discussão a privatização do hospital, o que poderá proporcionar a demissão em massa dos trabalhadores.
Comentários