HU registra primeira morte do ano por leptospirose na Capital

Karoline Zilah

O Hospital Universitário (HU) Lauro Wanderley, em João Pessoa, registrou nesta segunda-feira (31) a primeira morte do ano por leptospirose. A vítima foi o borracheiro Sidgley Januário da Silva, de 29 anos, que passou por três hospitais até ser internado no HU, onde a doença foi diagnosticada.

Procurada pela reportagem da TV Cabo Branco, a família não quis gravar entrevista mas informou que os primeiros sintomas apresentados por Sidgley foram dores no pescoço e na perna. O quadro apresentou complicações e o borracheiro foi transferido para a UTI e permaneceu internado por 15 dias, mas não conseguiu reagir ao tratamento, até que morreu nesta madrugada.

A família e a Secretaria de Saúde de João Pessoa suspeitam que ele tenha contraído a doença no trabalho. Sidgley era funcionário de uma empresa de limpeza urbana. Segundo a esposa do paciente, Cássia da Silva, no local de trabalho do borracheiro havia muitos resíduos, pneus e lixo.

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No atestado de óbito constam como causas da morte de Sidgley choque séptico, broncopneumonia e insuficiência renal. O enterro acontece às 16h no cemitério Santa Catarina, no Bairro dos Estados, em João Pessoa.

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde informou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre o caso, mas que está buscando informações para investigar as condições de trabalho e da moradia do paciente. O objetivo é descobrir possíveis focos da doença e envolver métodos de prevenção para que outras pessoas não sejam contagiadas.

A Secretaria Municipal de Saúde tem registrado uma redução no número de casos de leptospirose em João Pessoa. Foram oito em 2007 (sendo duas mortes), três casos em 2008 (com uma morte) e apenas dois este ano, incluindo a morte de Sidgley Januário.

A leptospirose é considerada uma zoonose, uma vez que é transmitida por animais, principalmente por roedores. A gerente de Vigilância Epidemiológica de João Pessoa, Aglaê Fernandes, alertou que o contágio se dá por uma bactéria e pode acontecer através da ingestão de água e alimentos contaminados com urina de ratos ou por meio de contato com urina de animais de estimação (cães, gatos).