VIDA URBANA
Igreja defende o matrimônio
Dom Aldo afirma que há duas décadas observa a diminuição do sacramento do casamento.
Publicado em 05/08/2012 às 6:00
Para a Igreja Católica, o aumento no número de união consensual é motivo de preocupação. O arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, disse que há pelo menos duas décadas, paulatinamente, vem sendo observada a diminuição do sacramento do matrimônio. “É uma consequência da modernidade. As pessoas resistem em assumir um compromisso sério, como se o amor tivesse prazo de validade.
Preferem um relacionamento provisório”, afirmou.
Segundo o arcebispo, esse é o grande desafio da Igreja Católica na atualidade, porque reflete diretamente na instituição família e filhos. “Mas não estamos aqui para culpar ou criticar ninguém por esse comportamento. Nossa missão é ajudar e esclarecer a importância do matrimônio”, frisou Pagotto, lembrando que o trabalho de conscientização não pode parar. “Como eu disse antes, essa realidade nos deixa apreensivos, por isso temos que ter a missão de ajudar as pessoas para que elas possam compreender os relacionamentos”, destacou.
O arcebispo disse também que está havendo uma grande inversão de valores na sociedade, quando o assunto é casar na Igreja. “Nos dias atuais só casa na Igreja quem tem muita consciência desse sacramento ou quem tem dinheiro, mas não pode ser assim”, frisou. Pagotto se refere ao fato que muitos casais que vivem em união consensual afirmam não casar no religioso por não ter dinheiro para fazer uma festa.
Conforme explicou o arcebispo, uma pesquisa feita pela Arquidiocese da Paraíba revelou que do total de casais que não se casam na Igreja, 57% não responderam o motivo por que dispensaram a cerimônia e outros 34% disseram que não casaram na Igreja porque não tinham condições para dar uma festa, “uma satisfação para a sociedade”.
Há alguns anos, Pagotto fez uma lista de recomendações para os casamentos religiosos realizados na Paraíba. A lista deve ser seguida pelos noivos para evitar o que ele considera 'exagero'.
Dentre as orientações estão a limitação na colocação de flores e luminárias e o tradicional atraso da noiva. “Muitos padres se sentem palhaços porque a cerimônia parece mais um teatro que um sacramento”, declarou. “Os casais devem prezar pela simplicidade, pois o mais importante é a bênção de Deus”, finalizou.
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