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VIDA URBANA

Imagens podem elucidar assassinato de ator

Imagens gravadas pelas câmeras de vigilância de uma residência em frente ao prédio poderão ajudar nas investigações do crime.

Publicado em 30/01/2013 às 6:00


O delegado Marcelo Falconi, designado para investigar a morte do ator José Ismar Eugênio Pompeu, o palhaço Pirulito, informou que foi dado início ao processo de oitivas do inquérito policial e que a polícia pretende usar imagens gravadas pelo sistema de segurança de uma residência localizada em frente ao residencial Vale Dourado, no Pedro Gondim, onde a vitima foi morta.

Conforme Falconi, é provável que as câmeras tenham registrado a imagem do agressor e sirvam como peça fundamental na elucidação do crime. “O material foi solicitado ainda na segunda-feira. No entanto, o material ainda não chegou para análise da polícia, e aguardamos a colaboração dessas pessoas. O caso é realmente muito difícil”, mencionou.

Até a manhã de ontem, cinco pessoas, entre elas o companheiro da vítima, prestaram depoimento. De acordo com o delegado, pelo menos três denúncias sobre a possível identidade do suspeito chegaram à polícia e estão sendo averiguadas. A arma usada no crime, uma faca peixeira, foi encontrada ainda na última segunda-feira, em um terreno baldio localizado ao lado do edifício Vale Dourado, onde o ator residia há 10 anos.

A faca com a qual foram efetuados os dois golpes profundos no pescoço da vítima, e que teria sido usada para marcar as costas do ator com uma figura semelhante à letra “A”, foi encontrada largada no terreno com vestígios de sangue e sem qualquer tipo de tentativa para encobrir o objeto. Ontem, ela foi levada para exames periciais. A polícia acredita que a faca tenha sido arremessada pelo suspeito ainda no prédio onde o crime aconteceu. “Ao que indica, o assassino lançou a arma para fora do prédio, e pode ter sido na janela da residência, já que a arma estava no terreno a poucos metros do apartamento”, apontou Marcelo Falconi.

O delegado destacou, ainda, que a hipótese de latrocínio vem sendo adotada nas investigações e que não há indícios que confirmem a suspeita do crime ser homofóbico. No interior do apartamento, a polícia encontrou roupas íntimas manchadas de sangue. “Segundo informes, uma das peças não pertencia a ele.

Uma pessoa próxima à vítima achou a peça estranha, e esta também estava manchada de sangue”, disse Falconi. No apartamento, ainda foram encontradas marcas de sangue e pegadas que saiam do quarto em direção ao banheiro e depois até a saída.

“Estive no apartamento e vi muitas marcas de sangue e pegadas, acredito que do próprio acusado. Está sendo realizada uma investigação ampla diante de tudo que possa ser investigado. Informaram que a vítima recebia pessoas estranhas em sua residência e alguns possíveis nomes foram apontados nas oitivas. Serão todos investigados”, afirmou o delegado.

Imagem

Jornal da Paraíba

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