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VIDA URBANA

Imóveis fechados na orla representam problema

Imóveis fechados impedem Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses de João Pessoa fazer controle de focos do Aedes aegypti. 

Publicado em 15/07/2015 às 6:00

Os imóveis desabitados em João Pessoa representam problema para o Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no que se refere ao controle dos focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Para o setor, a região da praia é a mais preocupante devido à grande expansão habitacional e especulação imobiliária. De 1º de janeiro deste ano, até o último dia 2, foram notificados 3.594 casos suspeitos de dengue, na capital, dos quais 2.360 foram confirmados. Ontem, uma ação do Cvaz foi realizada no Distrito dos Mecânicos.

O gerente do Cvaz, Nilton Guedes, afirmou que o Centro tem trabalhado diariamente no controle do mosquito Aedes aegypti e de outras pragas, realizando visitas domiciliares, ações de conscientização da população, com palestras e reuniões em escolas, condomínios, empresas, prédios, entre outros locais, chegando a realizar mais de 600 mil visitas em domicílio por ano. No entanto, as equipes do Cvaz esbarram em um grande problema quando o assunto é o combate e controle dos focos de dengue: os imóveis fechados.

De acordo com o gerente, esse tipo de situação é mais recorrente na área de praia, onde é mais urbanizada e está havendo um grande crescimento imobiliário. “Há um grande número desses imóveis, uns que estão para especulação da construção civil e outros em briga judicial, mas é a área mais complicada pra gente”, afirmou.

Nilton Guedes explicou que há dois tipos de imóveis fechados, sendo que uns estão fechados porque os proprietários estão trabalhando, e outros por conta da especulação imobiliária. “Nos que ficam fechados temporariamente, por conta do trabalho, não temos muita preocupação, pois de toda forma há uma movimentação na residência e um cuidado em relação aos possíveis focos do mosquito. São pessoas que de alguma forma participam do controle”, disse.

O problema maior, segundo o gerente do Cvaz, são os imóveis fechados que estão em briga judicial, que não há referência para contato, abandonados. “Aqueles que estão para alugar ou vender, por meio das imobiliárias, que colocam o número telefônico para contato na frente, não nos preocupamos porque os agentes de saúde ligam e conseguem entrar na casa para fazer a aplicação de inseticidas. O grande problema são os imóveis abandonados, pois alguns deles trazem outro problema muito sério, que é a invasão das pessoas que usam o espaço para outras coisas e não permitem o acesso do agente”, observou.

AÇÃO NO DISTRITO DOS MECÂNICOS
Dando continuidade às ações de combate e controle do Aedes aegypti e de outras pragas, como ratos e baratas, o Cvaz, em ação conjunta com a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), realizou algumas atividades no Distrito dos Mecânicos, como o recolhimento de lixo, pneus sem utilidade, aplicação de inseticidas e pesquisa de larvas para eliminar os possíveis focos de reprodução do mosquito vetor da dengue, acumulados nos pneus e sucatas. Além disso, houve um trabalho de controle de roedores com a aplicação de raticidas e ainda a realização de limpeza dos terrenos com a autorização dos proprietários dos estabelecimentos.

Josemar Mendonça, 47 anos, dono de uma sucata, permitiu a entrada das equipes para aplicar os inseticidas e raticidas. “É uma ação muito importante para nos prevenir de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e ratos. Também separei todo material que não uso, como parachoques velhos e pneus para serem recolhidos”, disse.

CG: 92% DOS FOCOS TÊM FÁCIL ELIMINAÇÃO
Em Campina Grande, cidade que apontou um índice de 7,6% no último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), segundo os dados da Vigilância Ambiental do município, 92,4% dos focos do mosquito foram encontrados em nível de chão: tonéis, cisternas, vasos de plantas, pneus, caixas d'água e outros itens acessíveis aos moradores, podendo ser eliminados com simples ações de prevenção. O principal responsável pelo acúmulo das larvas, representando 84% do total, são os tonéis. Os pneus abandonados foram responsáveis por 0,8% dos focos encontrados.
A coordenadora destacou que essas estatísticas têm relação direta tanto com o período chuvoso, quanto com o acúmulo d'água, em razão do racionamento que acontece na cidade. “Muita gente acumula água, mas não toma o devido cuidado com a limpeza e fechamento desses locais, isso aliado ao período chuvoso, que naturalmente forma poças em alguns objetos e locais, que passam despercebidos, possibilitam a proliferação do Aedes aegypti”, explicou.

Para enfrentar o alto índice de infestação do mosquito na cidade, cerca de 50 agentes de combate às endemias vão trabalhar em mutirões de conscientização para o risco de transmissão da dengue nos bairros com os maiores números de focos do mosquito. A primeira ação foi realizada na manhã de ontem, no Presidente Médici, que apontou o índice de 11,5 de infestação. Durante todo o dia os agentes visitaram as residências do bairro fazendo panfletagem, levando informações e verificando os itens suscetíveis à proliferação do mosquito da dengue.

Além do Presidente Médici, outros bairros que apresentaram elevado índice de infestação, como Quarenta e Santa Cruz, ambos com 11,5%, além do Jardim Paulistano, Cruzeiro, Malvinas e outros com índice superior a 10%, também receberão os mutirões. (Colaborou Andréia Xavier)

OBJETIVO DA AÇÃO
A coordenadora de Vigilância Ambiental do município, Rossandra Oliveira, explicou o objetivo da ação. “O maior objetivo é chamar a população para que ela entenda que ela é parte fundamental no combate à dengue. As pessoas são nosso foco, são elas que estão dentro das casas e são responsáveis pela prevenção”, disse.

A coordenadora destacou ainda que a população deve colaborar dificultando a proliferação do mosquito e também informando sobre os focos por meio do Disque-Dengue (3322-5076). Outra possibilidade de interação criada este ano foi o Denguezapp. Os moradores da cidade podem enviar fotos e vídeos dos locais infestados pelo 99991-0553.

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Jornal da Paraíba

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