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VIDA URBANA

Índice de surdez cresce na Paraíba

Problemas auditivos já afetam mais de 230 mil paraibanos, índice aumentou em 50,44% no Estado, conforme dados do IGBE.

Publicado em 09/11/2012 às 6:00


Em 10 anos, a quantidade de pessoas que apresentam algum problema auditivo aumentou em 50,44% na Paraíba. O total saltou de 152.977 em 2000 para 230.140 em 2010, segundo dados do Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números confirmam uma preocupação antiga dos especialistas. Eles advertem que a poluição sonora está causando sérios danos auditivos à população. Amanhã será Dia Nacional de Combate e Prevenção à Surdez.

De acordo com o IBGE, dos 230.140 habitantes da Paraíba que possuem algum problema para ouvir, 181.762 enfrentam uma pequena dificuldade para escutar; outros 41.908 têm muita dificuldade para entender os sons e outros 6.470 são completamente surdos. As mulheres são as mais atingidas. Elas somam 115.961 do total de moradores que sofrem alguma dificuldade para escutar. Já os homens representam 114.179 indivíduos.

Apesar das faixas etárias mais atingidas serem as que ultrapassaram os 30 anos, a incidência é grande entre crianças e adolescentes. Dos 6.470 habitantes que são totalmente surdos, há 1.044 com idades abaixo de 14 anos. Entre aqueles que enfrentam grande dificuldade para ouvir, há 1.954 nessa faixa etária. Já entre os que têm alguma dificuldade para ouvir, os menores de 14 anos correspondem a 11.952 pessoas.

Para o presidente da Sociedade Paraibana de Otorrinalaringologia, Erich Cristiano Madruga de Melo, a incidência de problemas auditivos entre crianças e adolescentes é alta porque essa faixa etária da população está mais exposta ao excesso de ruídos. Ele conta que a situação está se agravando com a chegada de aparelhos eletroeletrônicos, que emitem sons.

“É muito comum entre os jovens o uso de aparelhos de música, que é ouvida com ajuda de fones de ouvido e em volume alto.

Muitos desses equipamentos não indicam a intensidade do som e o usuário acaba se expondo por muito tempo a um excesso de ruído prejudicial à saúde”, disse o especialista.

O médico acrescenta que o excesso de barulho provoca a morte de células consideradas vitais para a audição. Ele explica que não há meio de reverter esse quadro. “Quando a célula morre, o dano já foi causado e não há como recuperar mais isso. O que se pode fazer é reduzir a exposição ao ruído. Só assim é possível interromper o processo prejudicial e impedir que novas células morram”, detalha.

Os danos aparecem com o passar do tempo e se agravam ainda mais quando a pessoa chega à velhice. Não existe medicação e há apenas uma cirurgia que pode reverter o quadro de surdez, mesmo assim, o procedimento só é indicado em casos extremos. “Em casos de problemas de surdez de pequena ou média gravidade, a pessoa precisa usar aparelhos auditivos pelo resto da vida. Assim como ocorre com os óculos”, acrescentou o médico.

Os zumbidos no ouvido são os primeiros sinais de que algo está errado com a audição. Segundo a fonoaudióloga e professora da Universidade Federal da Paraíba Marine da Rosa, a perda da audição é progressiva e os zumbidos já indicam que o ouvido foi danificado. “Antes, a nossa preocupação era apenas com os trabalhadores de ambientes ruidosos, agora, nossa atenção é com as pessoas que se expõem a sons muito altos, durante as atividades de lazer, como aqueles frequentadores de casas de shows”, observa.

“A nossa recomendação é que as pessoas se conscientizem e adotem cuidados para evitar os danos do excesso do ruído. Não ficar muito tempo em ambientes barulhentos e usar protetores auriculares que filtram suavemente o barulho são algumas medidas que podem prevenir esses problemas”, acrescenta.

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Jornal da Paraíba

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