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VIDA URBANA

Infarto mata cinco paraibanos por dia

Número corresponde a 63,90% do total de 1.934 óbitos dessa natureza registrados em 2011. Em cinco anos, já foram 10.366 casos.

Publicado em 29/09/2012 às 6:00


Cinco paraibanos morrem, em média, por dia após serem vítimas de infarto. Foram 1.236 casos só entre janeiro e agosto deste ano, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O número corresponde a 63,90% do total de 1.934 óbitos dessa natureza registrados em 2011. No acumulado de cinco anos, já foram 10.366 mortos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças do coração são a primeira causa de morte no mundo e matam cerca de 300 mil pessoas apenas no Brasil a cada ano. As principais causas são estresse, alimentação rica em gordura, obesidade, ausência de exercícios físicos, diabetes e pressão alta. Dos 1.236 registros de óbitos entre janeiro e agosto de 2012, na Paraíba, 109 foram entre pessoas com idades de 20 a 49 anos. No ano passado, foram 191 mortes por infarto ocorridas nessa faixa etária. Em 2010, essa quantidade foi de 209. João Pessoa, Campina Grande, Patos e Sapé foram as cidades que apresentaram a maior incidência.

Para o cardiologista do Núcleo de Doenças Não Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e diretor da Sociedade Paraibana de Cardiologia, Fábio de Medeiros, essa mortalidade se deve principalmente ao estilo de vida que a população adota nos grandes centros urbanos.

Ele explica que o infarto ocorre com maior frequência entre homens com idades entre 50 e 60 anos e em mulheres que já passaram das sete décadas de vida. No entanto, os registros estão surgindo também entre os mais jovens por conta do estresse e da falta de alimentação de qualidade e de exercícios físicos.

“Nas mulheres, a incidência é mais tardia, por causa da proteção hormonal, que as mulheres só começam a perder após os 70 anos. No entanto, hoje em dia, o infarto está acometendo pessoas mais cedo por causa do estilo de vida nos grandes centros urbanos. Hoje em dia, as pessoas estão mais estressadas, utilizando mais bebidas alcoólicas, cigarros e drogas ilícitas”, observa.

“Sem contar que o mercado de trabalho está mais competitivo e as pessoas são obrigadas a se esforçar mais, trabalhar mais, estudar e fazer dois ou três cursos ao mesmo tempo. Tudo isso reduz o tempo de descanso, aumenta o estresse e a pressão alta, que são dois fatores desencadeadores do infarto”, afirma.

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Jornal da Paraíba

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