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VIDA URBANA

Infestação de muriçocas tira sossego dos moradores de JP

Dias de calor e água parada formam condições ideais para multiplicação dos insetos que invadem residências.

Publicado em 05/03/2015 às 6:45 | Atualizado em 20/02/2024 às 17:54

Para moradores de João Pessoa está praticamente impossível sentar no sofá da sala e assistir a programação televisiva com tranquilidade ou mesmo ter uma boa noite de sono. Isso porque as muriçocas se multiplicaram nos últimos dias, registrando um alto índice de infestação, devido à falta de chuvas, segundo a Vigilância Ambiental e Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em comunidades ribeirinhas, a população opta por fazer fogueiras para espantar os mosquitos.

A dona de casa Andréa Soares, 32 anos, mora na comunidade Porto do Capim, às margens do rio Sanhauá, e disse que ultimamente as muriçocas não têm deixado a família seguir com a rotina diária. Na tentativa de espantá-las, ela tem feito várias fogueiras durante o dia, com a ajuda da filha Raíssa, 9 anos. “A situação está insuportável. Às 17h as muriçocas já começam a voar dentro de casa. Faço fogueira quase o tempo todo para que a fumaça afaste as muriçocas para longe, mas ao mesmo tempo tenho consciência de que a fumaça é prejudicial à saúde. Não sei o que fazer, pois não tenho condições de sair daqui. Minhas pernas já estão todas manchadas das picadas”, relatou a dona de casa.

A infestação por muriçocas também é uma reclamação de moradores dos bairros dos Ipês, Pedro Gondim e Expedicionários. A aposentada Aurora Lins, 67 anos, mora no bairro do Expedicionários e também sofre com o problema e contou como evita as picadas do mosquito. “No final da tarde, costumo ficar na calçada de casa esperando minhas netas chegarem da escola e a quantidade de muriçocas é insuportável. Quando entro, ligo logo o ventilador e passo repelente para não ser picada”, disse.
Segundo o gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses da SMS, Nilton Guedes, essa infestação de muriçocas denunciadas por diversos moradores da capital é provocada pela estação do ano, pois durante o verão, a água dos rios e córregos fica parada favorecendo a proliferação da muriçoca.

“Com essa água parada, os leitos ficam com muita matéria orgânica, de modo que o controle biológico desaparece, onde a falta de peixes para comer as larvas permite que elas evoluam. O desenvolvimento da muriçoca tem início no ciclo aquático, que dura cerca de dez dias, onde nascem as larvas e a pupa, de onde surge o mosquito. Com as chuvas, os rios voltam à fluidez normal e a incidência de muriçocas tende a diminuir”, explicou.

Essa situação é registrada em diversos bairros da capital, pois basta terem proximidade com leitos de rios ou córregos. Nilton Guedes informou que o setor de vigilância e zoonoses tem recebido muitas denúncias sobre infestação de muriçocas. “Pelo que observamos, há uma maior infestação em torno do rio Jaguaribe, começando nas imediações do bairro do Castelo Branco e Miramar, até o bairro de São José. Mas também recebemos denúncias de moradores dos Ipês, Treze de Maio e outros bairros”, disse.

Conforme Nilton Guedes, a Vigilância Ambiental e Zoonoses não possui um plano de controle da muriçoca, uma vez que esta não transmite nenhuma doença, vírus ou protozoários, mas que as ações do carro 'fumacê' serão intensificadas para combater o mosquito, já que a formulação do inseticida que mata o Aedes aegypti (transmissor da dengue) tem o mesmo poder sobre as muriçocas. “Embora não seja um mosquito transmissor, a muriçoca causa desconforto e estresse, que pode gerar outra doença. Por isso, vamos começar um ataque com o 'fumacê' para combater as muriçocas e o Aedes, mesmo este estando sob controle”, afirmou.

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Jornal da Paraíba

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