VIDA URBANA
Investimentos em transporte
Evento discutiu a mobilidade em Campina Grande, confrontando diferentes tipos de transportes públicos adequados à cidade.
Publicado em 24/10/2012 às 6:00
Investir no transporte público de qualidade que forneça alternativa para o trânsito urbano e possibilite a acessibilidade dos passageiros. Essa foi a discussão na 3ª Plenária do Fórum Permanente sobre Mobilidade Urbana, promovido pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sitrans) e realizado na manhã no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) que estendeu o debate acerca da qualidade do trânsito em Campina Grande.
Após reunir especialistas nos encontros anteriores que apresentaram novas tecnologias para o setor e indicar como buscar recursos públicos para adquiri-las, o evento de ontem confrontou tipos diferentes de sistemas de transportes e apontou quais podem se adequar à realidade do município. O palestrante foi Nilton Pereira de Andrade, engenheiro civil e especialista em transporte público que traçou parâmetros para a construção de um plano de trânsito e transporte público eficiente. Nilton é professor do Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e gestor da Secretaria da Mobilidade Urbana de João Pessoa.
Segundo o engenheiro, a ideia central de uma discussão como a proposta pelo fórum é identificar os principais gargalos do município, já que o transporte público é a primeira alternativa para a maioria da população. Ele também destacou que pela disposição urbana de Campina Grande um sistema integrado de ônibus é uma das saídas mais positivas, já que é um meio que permite criar alternativas para a organização do trânsito.
“Campina Grande passa pelo menos problemas das cidades de médio e grande porte e um transporte público de qualidade é a melhor alternativa para minimizar esses gargalos. Se houver um investimento na flexibilização do trânsito, como maior frota de ônibus, terminais integrados e outros mecanismos a população será mais assistida e os valores são necessariamente menores em comparação e outros tipos de transporte”, destacou Nilton Pereira.
O diretor institucional do Sitrans, Anchieta Bernardino, disse que hoje existem 200 ônibus circulando na cidade e mais 20 na reserva. “No início do ano foram contratados um serviço de 200 ônibus, onde 180 circulavam e 20 ficavam na reserva e agora temos esse acréscimo de 20 carros. O número da frota é proporcional à quilometragem rodada e passageiros, o que reflete no valor da tarifa, que tende a aumentar com o crescimento da frota. Não temos que achar esse número suficiente ou não. Nós obedecemos o que foi acordado entre as empresas de ônibus e o poder público”, disse Anchieta. São em média 90 mil passageiros por dia no transporte público da cidade.
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