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VIDA URBANA

IPTU alto não garante serviço de qualidade em João Pessoa

Em Manaíra, um dos bairros com o imposto predial mais caro, como em Mandacaru, com IPTU cinco vezes menor, podem ser identificados problemas muito semelhantes.

Publicado em 15/08/2010 às 9:59

Jacqueline Santos
Do Jornal da Paraíba

Pagar valores mais altos de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) não significa usufruir de uma excelente infraestrutura. Em bairros nobres, como Manaíra, onde os moradores arcam com uma das maiores alíquotas de João Pessoa, podem ser encontrados os mesmos problemas presentes em localidades como Mandacaru, onde os proprietários de imóveis pagam taxas menores.

Ruas sem calçamento, falta de esgotamento sanitário, altos índices de infestação do mosquito transmissor da dengue e violência são questões comuns, independente de quanto se paga pelo tributo, que consiste em um dos mais conhecidos pelos contribuintes. Na capital, a média geral de IPTU é de R$ 213,90.

Os mais elevados estão concentrados na orla marítima. No entanto, a liderança dos maiores valores é do Bairro dos Estados. Por estar margeado pela avenida Epitácio Pessoa, que reúne grandes equipamentos comerciais, e por conter um número grande de comércios e serviços em vários trechos, ele figura como o bairro mais oneroso para se morar. Lá, os donos de residências e estabelecimentos comerciais pagam, em média, R$ 576,39.

Cabo Branco e Tambaú também são duas localidades onde os donos de imóveis pagam mais pelo IPTU, com importâncias médias de R$ 521,73 e R$ 463,00, respectivamente. Quem mantém casas e pontos comerciais em Manaíra também precisa desembolsar quantias salgadas pelo tributo. A média na localidade, que tem se destacado pelo assustador número de ocorrências policiais, corresponde a R$ 442,67. Já em Mandacaru, os moradores pagam em torno de R$ 98,74, uma diferença, em termos reais, de R$ 343,93.

Apesar de os residentes em Manaíra, um dos bairros mais nobres da capital, receberem uma das maiores cobranças de IPTU e pagarem quase cinco vezes mais do que os moradores de Mandacaru, nas duas localidades podem ser identificados problemas muito semelhantes, principalmente no que tange aos equipamentos de segurança pública.

Antônia da Silva Santos mora há 32 anos na rua Dom Manoel Paiva, uma das principais vias de Mandacaru. Além de asfaltado, o trecho conta com um sistema de esgotamento sanitário, entretanto, a criminalidade preocupa quem vive no local. A aposentada garante que sempre paga em dia o tributo, que está na faixa de R$ 320,00, mesmo vivendo em uma pequena casa que divide com os filhos. “Apesar de que a violência ser mais forte do outro lado do bairro, não nos sentimos seguros”, confessa a senhora, que está reformando a casa.

Antônia paga um IPTU bem acima da média do bairro, inferior a R$ 100,00, e que é imposta à maior parte dos moradores da localidade. No outro extremo vive a economista aposentada Marinalva Colaço. Ela desembolsa R$ 135,00 por morar em um apartamento de 115 metros quadrados em Manaíra. Um valor considerado por ela como coerente. A rua Severino Pereira de Araújo, onde mantém o imóvel, é uma das mais completas em termos de estrutura. Na área, existem diversos estabelecimentos comerciais nas proximidades, item que valoriza o imóvel e empurra para cima o valor do imposto.

Mesmo morando distante e em regiões totalmente diferentes, Marinalva, da mesma maneira que Antônia, tem a violência como principal reclamação ligada ao bairro. “Fui assaltada três vezes nos últimos anos. Não caminho mais, apesar de minha saúde requerer atividade física, por temer os bandidos. Aqui está cada vez mais perigoso. A gente sabe que violência sempre existe, em qualquer lugar, mas nessa área que abrange Manaíra o problema é insistente, permanente. Nossa reivindicação é a instalação de mais recursos de segurança, de mais policiamento”, relata a moradora, que reside no mesmo apartamento há 13 anos e responde como síndica do edifício.

Segundo o secretário de Infraestrutura de João Pessoa, João Azevedo, a avaliação do IPTU está ligada à estrutura do bairro e é cobrada de todos os proprietários de imóveis e terrenos. “Muitos questionam por que pagam o imposto se não têm a rua calçada. Mas infraestrutura vai mais além do que calçamento. Os recursos obtidos com a arrecadação do IPTU são investidos em obras que vão desde a construção de escolas, creches e hospitais até em reformas de equipamentos de lazer, como praças. Os investimentos são na infraestrutura física e social”, detalhou o secretário.

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Jornal da Paraíba

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