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VIDA URBANA

Irmãs são atacadas por abelhas a caminho de velório no Agreste

Vítimas foram socorridas para o Hospital de Trauma de Campina Grande. Ceatox alerta sobre medidas em casos de ataques. 

Publicado em 17/09/2015 às 12:36

Um enxame de abelhas está atacando pessoas na zona rural da cidade de Puxinanã, no Agreste paraibano. Somente na manhã desta quinta-feira (17), quatro pessoas foram feridas e três delas tiveram de ser encaminhadas pra o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. A suspeita da população é que os ataques estejam sendo provocados depois que um trator passou pelo local que é cercado por um matagal e árvores.

Os ataques estão acontecendo no sítio Grotão, em uma estrada vicinal que dá acesso à área urbana da cidade. Nesta manhã três irmãs estavam indo à um velório e ao passarem pelo local foram atacadas. As vítimas correram por cerca de 100 metros até uma residência, onde pediram socorro. Para escapar das abelhas elas tiveram de tirar as roupas e jogaram água sob o corpo. As mulheres sofreram dezenas de ferroadas e foram socorridas para o Hospital de Trauma de Campina Grande. Um homem que passou de moto pelo local também foi ferido no rosto, mas não quis atendimento médico.
As três irmãs foram identificadas como Vanira Gomes Ramos Correia, 36 anos, Vânia Lúcia Ramos Correia, 40 e Vera Lúcia Ramos Correia, 42. Segundo a médica Flávia Martins, clínica geral, as mulheres estão bem e ficarão internadas em observação, em precaução as reações que podem ser provocadas. As mulheres estão conscientes e podem ser liberadas ainda nesta quinta-feira (17), se continuarem bem.

“Eram 8h quando a gente estava passando e nos deparamos com as abelhas. É muito rápido. Quando percebemos elas já estavam nos ferroando. Começamos a correr e as abelhas vieram nos seguindo e só saíram quando jogamos água no corpo. Algumas ficaram presas no nossos cabelos. Ainda tivemos sorte pois estávamos com casacos”, contou Vera Lúcia.

Os médicos orientam que os pacientes sempre procurem atendimento médico após picadas de abelhas, pois algumas pessoas podem ter reações graves no corpo. “Quando recebemos pacientes deste tipo de caso analisamos os sinais vitais, possíveis dificuldades respiratórias, inchaço, reações alérgicas. Casos mais graves podem provocar ataques anafiláticos e chegar até a morte. É importante destacar que não é a quantidade picadas que determina a gravidade. Existem pessoa que sofrem várias picadas e não sentem nada, enquanto outros ficam em grave estado com apenas uma ferroada”, explicou a enfermeira Kelle Karolina Ferreira.
Em contato com do Corpo de Bombeiros Militar os operadores da linha de emergência disseram que não tinham recebido nenhuma ligação com informações sobre o problema e que iriam averiguar a situação. Nestas ocasiões o órgão orienta que a população não tente retirar cachos e mantenha distância do local onde as abelhas ficam.
O que fazer em casos de ataques de abelhas?
O Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que realiza atendimentos no Hospital de Trauma de Campina Grande deu algumas dicas do que as pessoas devem fazer em casos de ataques. Segundo o centro, a primeira coisa a ser feita é sair do local imediatamente e tentar retiras as abelhas de alguma maneira (com as mãos, água, tecidos, toalhas, roupas).
Após sair do local de risco o Ceatox alerta sobre os cuidados na remoção de ferrões e informa que o ideal é que este trabalho seja feito por um profissional da área de saúde. Os médicos dizem que é muito como que as pessoas apertem o local com a ponta dos dedos ou unhas, mas isso pode fazer com que a substância tóxica do ferrão penetre ainda mais. Também não é indicado o uso de pinças, pois o ferrão pode se romper e isso dificultará ainda mais a remoção. Em casos extremos o ideal é usar uma lâmina fina (como cartão de crédito) ou objeto parecido e retirar o ferrão passando o objeto no sentido oposto a penetração do ferrão.
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Jornal da Paraíba

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