VIDA URBANA
Isea faz partos humanizados
Muitas mulheres escolhem passar até 30 horas esperando a chegada do filho, para viver o que dizem ser o momento mais mágico de suas vidas.
Publicado em 06/04/2014 às 8:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 17:36
Quando o amor de mãe começa? Para muitas mulheres, a mudança radical de vida acontece logo quando a gravidez é confirmada e depois com as escolhas que farão toda a diferença para a sua saúde e especialmente do filho.
Deixar o bebê nascer na sua hora certa, de forma natural, pode trazer um número incontestável de benefícios e para muitas mamães, humanizar o parto é uma forma de respeitar a criança e o seu próprio corpo. Muitas mulheres escolhem passar até mais de 30 horas esperando a chegada do filho, para viver o que elas dizem ser o momento mais mágico de suas vidas.
A universitária Ingrid Porto Santos, de 24 anos, já sabia o que queria desde o momento que confirmou sua primeira gravidez.
Tentar garantir a segurança da filha Helena, de 1 ano e 11 meses, foi a sua principal preocupação na hora de escolher seu nascimento, através do parto humanizado. Ela e mais de 400 mulheres já participaram do “Parto Humanizado no Isea”, um projeto iniciado em 2007 no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida, em Campina Grande, que presta assistência humanizada ao parto, com base nas evidências científicas e nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde do Brasil.
“Em nenhum momento eu tive dúvidas de que esse era o melhor meio de trazer minha filha ao mundo. Eu pesquisei muito sobre tudo durante minha gravidez e fui consciente do que poderia acontecer, tanto que suportei 36 horas de trabalho de parto, sendo que 20 horas de parto ativo, mas quando peguei minha filha nos braços foi maravilhoso, a melhor sensação do mundo”, contou.
Durante o parto, Ingrid teve o apoio da mãe e do marido, que cortou o cordão umbilical que ligava mãe e filha, aumentando ainda mais a felicidade da família. Além de ter optado pelo parto humanizado, a universitária conquistou a consciência da cunhada, a dona de casa Mércia Porto, que também acabou trazendo o filho Guilherme, hoje com sete meses, da mesma forma.
Segundo Mércia, uma alimentação balanceada e os exercícios físicos podem ajudar o organismo na hora do parto.
“Eu me surpreendi, porque o meu parto ativo durou cerca de três horas apenas, quando eu cheguei ao Isea, já estava com 100% de dilatação e meu filho chegou perfeitinho ao mundo. Eu acredito que a redução de alimentos que não são saudáveis e a fisioterapia me ajudaram muito. Outra coisa importante é você ser acompanhada por alguém da família e o desempenho humano dos profissionais também foi essencial”, disse ela, que foi acompanhada pela cunhada durante o trabalho de parto.
Em ambos os casos, foram os primeiros filhos das duas mulheres e a expectativa delas é de que os próximos filhos também venham ao mundo de forma natural e especialmente humana. Segundo a médica e coordenadora do projeto do Isea, Melânia Amorim, todas as mulheres podem e devem ter assistência humanizada ao parto. “Não há 'contraindicações'.
As mulheres precisam se conscientizar que o corpo é delas, o parto é delas e delas dependem as escolhas, cabendo à equipe apenas monitorar suavemente o trabalho de parto nas gestantes de baixo risco, recebendo o recém-nascido de forma humanizada e respeitosa”, informou.
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