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VIDA URBANA

Isea realiza 1,3 mil curetagens

Maioria dos casos de aborto atendidos no Isea são do tipo espontâneo, quando não é provocado intencionalmente, diz médica.

Publicado em 05/04/2012 às 6:30


O Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande, realizou, no ano de 2011, 1.382 curetagens, decorrentes de abortos e partos prematuros. A informação foi repassada ontem pela diretora-geral da entidade, obstetra Francimar Ramos, que analisa que o número é alto, quando comparado ao total de partos realizados no ano passado (7.789), mas justifica que isso se deve à grande quantidade de grávidas de outros municípios que recorrem ao Isea, pela falta de estrutura de maternidade em suas cidades de origem.

“Outra questão é que o Isea é o único hospital credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para atender aos casos de aborto”, complementa. A média de curetagens feitas em 2011 representa um quantitativo de 115 procedimentos mensais. Em janeiro e fevereiro deste ano, foram contabilizados 138 e 118 procedimentos do mesmo tipo, o que mostra uma oscilação dos números.

A médica diz que a maioria dos casos de aborto atendidos no Isea são do tipo espontâneo, quando não é provocado intencionalmente. “Cabe a nós atender, sem julgar, embora saibamos que também há casos de aborto provocado, o que é considerado crime”, afirma.

Em relação ao perfil das abortantes, ela disse que elas são, geralmente, pacientes de risco. “Nos três primeiros meses da gestação, a mulher sofre diversas alterações hormonais e cromossômicas. É uma fase mais delicada. A partir do 5° mês, quando a mãe perde o bebê, o caso passa a ser tratado como parto prematuro”, informou.

Sobre a prevenção do aborto espontâneo, ela recomenda que a gestante inicie o pré-natal no mesmo período da descoberta da gravidez e siga as recomendações médicas. As diabéticas, hipertensas ou mulheres que sofrem de problemas com a tireoide devem ter atenção ainda maior durante a gestação, pois estão mais sujeitas a abortamento, segunda explica a obstetra.

“Qualquer hemorragia deve ser um sinal de alerta”.

Ela destaca que o aborto provocado é um procedimento de alto risco também para a mãe, que pode ser acometida por graves hemorragias e infecções, que podem causar infertilidade e até a morte, em alguns casos.

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Jornal da Paraíba

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