VIDA URBANA
Jacaré é achado morto
Animal foi atingido por uma pedrada e morreu dias depois; direção do Parque realiza trabalhos educativos para conscientizar visitantes.
Publicado em 18/10/2012 às 6:00
Um jacaré da espécie papo amarelo foi encontrado morto no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), na última segunda-feira, dia 15. O animal morreu após ser atingido, na coluna, por um paralelepípedo, atirado possivelmente por um visitante do Parque que não foi identificado. Durante o feriado prolongado, cerca de 20 mil pessoas passaram pelo local, segundo estimativas da direção do Zoológico.
De acordo com o veterinário Thiago Nery, responsável pela necropsia do jacaré, o animal teve uma fratura na coluna vertebral que ocasionou uma infecção. “A fratura lesionou os nervos da coluna e ele teve o intestino paralisado, tanto o intestino quanto a cloaca não funcionavam, ele não conseguia defecar, nem urinar e morreu de uma infecção generalizada, mas, para acontecer isso, não é do dia para a noite, então o espaço de tempo entre a pedrada e a morte foi de pelo menos cinco dias.”
Além do veterinário, o diretor do Parque, Jair Azevedo, e a bióloga Helzi Lins falaram sobre o ocorrido e sobre as medidas educativas que são empregadas para conscientizar as pessoas que visitam o Parque, chamando a atenção para o respeito que a população precisa ter quando visita os animais do zoológico. “A gente tem um setor de educação ambiental, onde é exibido um filme de aproximadamente três minutos com as normas de conduta dentro do parque. O educador ambiental fala da importância do comportamento do visitante e da preservação da fauna e da flora, explicando para as crianças a importância de cada animal que está sendo visitado”, explicou o diretor do Parque.
A Bica possui um grupo de monitores ambientais que trabalham com as escolas que marcam visitas e durante os finais de semana dois educadores ficam no setor de Educação Ambiental e outros monitores ficam acolhendo os visitantes que chegam, de acordo com informações da direção.
Algumas mudanças no local estão planejadas, para uma reforma que deve acontecer na Bica, e incluem o recuo do portão principal, para que os visitantes passem obrigatoriamente pelo setor de Educação Ambiental, e a instalação de câmeras de segurança na área onde ficam as jaulas dos animais, para ajudar na identificação de possíveis agressores.
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