VIDA URBANA
Jardim Botânico recebe mais de 300 visitantes
Desde o mês de outubro, os visitantes têm acesso, também aos sábados e domingos, às trilhas onde é possível viajar em um belo cenário.
Publicado em 01/11/2009 às 8:08
Jacqueline Santos
Do Jornal da Paraíba
Animais pouco comuns de se ver, espécies de plantas nativas, muita área verde. A paisagem rural em pleno coração de João Pessoa pode ser vista no Jardim Botânico também nos finais de semana. Desde o mês de outubro, os visitantes têm acesso, também aos sábados e domingos, às trilhas onde é possível viajar em um belo cenário. A média de pessoas que chegam ao local durante esses dois dias é de 300, pelo menos, conforme estimativa da direção do parque.
O Jardim Botânico tem extensão de 343 hectares dentro da Área de Preservação Permanente Mata do Buraquinho. Entre os vários atrativos, o mais cotado pelo público são as trilhas. Ao todo são seis, distribuídas em sete quilômetros. Com as mudanças, quem trabalha, estuda e tem afazeres e portanto não pode participar da aventura de segunda-feira a sexta-feira vai ter o privilégio de conhecer o local, enfeitado por grandes árvores, bichos como preguiça e saguis além de poços amazonas, utilizados há cem anos para captar água para abastecimento na capital e que hoje embelezam a área.
A reabertura do Jardim Botânico para as trilhas nos fins de semana permitiu que a funcionária pública Márcia Maria Silva reunisse um grupo de colegas de trabalho para conhecer o que está além da entrada principal do parque. Todos saíram cedo de casa para aproveitar a primeira trilha, aberta às 8h30. “Eu tinha entrado até o estacionamento e sempre quis fazer uma das trilhas. Só agora, depois que disponibilizaram o acesso, pude vir com meus amigos. Estou aproveitando bastante”, conta.
Aos sábados e domingos, as opções de trilhas são divididas em quatro horários, para facilitar o acesso e garantir a segurança. Pela manhã os grupos saem às 8h30 e às 10h, já à tarde os visitantes podem participar da programação às 13h30 e às 15h. Todos os roteiros são coordenados por um guia e tem o acompanhamento de dois policiais florestais. Não são cobradas taxas de acesso.
Além dos passeios, as visitações são regadas a palestras voltadas para o tema educação ambiental. As pessoas podem também assistir a filmes, documentários e desenhos sobre o meio ambiente, transmitidos durante todo o dia no auditório, que tem capacidade para 100 pessoas. No Centro de Visitantes é possível conhecer mais sobre as espécies de animais e a vegetação típica do lugar. Em um ambiente climatizado, é possível encontrar amostras de sementes, frutos e também alguns animais empalhados.
“Antes das trilhas, temos palestras sobre a história do parque e acerca da educação ambiental. Muitos grupos nos procuram para agendar as visitas, como escolas, empresas e entidades que trabalham com a Melhor Idade”, informa o guia Ricardo Pontes.
Para grupos com mais de dez pessoas, o mais indicado é entrar em contato antes da visita, a fim de fazer o agendamento. Nos domingos, a partir das 15h, a direção do parque reservou um espaço para lazer infantil, comandado por dois palhaços que sempre trazem à tona, através das brincadeiras, temas ligados à questão ambiental.
A Área de Preservação Permanente Mata do Buraquinho possui 515 hectares, divididos entre a administração estadual, por meio da Sudema, e da federal, através do Ibama – Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis.
AMPLIAÇÃO
O agrônomo responsável pela produção de mudas do Jardim Botânico, Saulo Marinho, informou que será concluído o novo projeto para o setor, que contará com uma casa de vegetação climatizada (estufa) que vai possibilitar a realização de pesquisas na área de vegetação. As mudanças abrangem a estrutura física do local e ampliação dos serviços ao público, com palestras voltadas para a educação ambiental e alimentar.
O projeto tem recursos de R$ 200 mil que estão sendo locados e não há previsão de quando começa a funcionar. “A iniciativa vai beneficiar toda a população, principalmente a mais carente, que receberá orientações sobre plantas medicinais, modo de cultivo de hortaliças orgânicas, os perigos dos agrotóxicos e inúmeras informações de como lidar com essas questões”, esclarece Marinho.
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