VIDA URBANA
João Pessoa foi a capital com o 4º pior desempenho após Lei Seca
Número de mortes cresceu em João Pessoa depois da instituição da lei federal. Tabelas revelam que os grandes centros foram os maiores beneficiados com a lei.
Publicado em 17/06/2009 às 14:27
Karoline Zilah
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (17), em Brasília, um balanço que demonstra João Pessoa na contramão das cidades que têm apresentado redução no índice de mortes em acidentes de trânsito após a vigência da Lei Seca. Ao contrário da média nacional, que aponta uma queda de 22,5% no número de óbitos entre o 1º e 2º semestre de 2008, a Capital paraibana aparece no ranking como a 4ª cidade com o pior desempenho.
Isso porque depois que a lei federal foi instituída, no dia 20 de junho de 2008, foram registradas 13 vítimas a mais se comparado com os primeiros seis meses do ano. De acordo com o Ministério da Saúde, foi registrado em João Pessoa que o número de mortes aumentou de 50 para 63. A cidade só ficou atrás de Manaus, que registrou 32 óbitos a mais, Belém e Cuiabá. A Capital do Nordeste que obteve o melhor posicionamento na lista foi São Luís, no Maranhão.
As tabelas revelam que os grandes centros foram os maiores beneficiados com a Lei Seca, apresentando números que fazem a diferença. Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Fortaleza aparecem entre as cinco capitais que conseguiram reduzir o número de mortes tanto entre o 1º e o 2º semestre de 2008 (antes e depois do vigência da Lei), quanto na comparação entre os anos de 2007 e 2008.
Com relação ao 2º semestre dos anos de 2007 e 2008, foram registradas duas mortes a menos em João Pessoa. A cidade ficou em 17º lugar. A melhor posicionada, São Paulo, conseguiu reduzir 439 mortes.
No balanço nacional, os resultados foram positivos um ano após a implantação da “Lei Seca”. Os dados revelam que o número de internações provocadas por acidentes de trânsito nas capitais brasileiras reduziu de 105.904, no segundo semestre de 2007, para 81.359, no segundo semestre de 2008. Ao todo, foram menos 24.545 hospitalizações - o que representa queda de 23% nos atendimentos às vítimas do trânsito financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para chegar aos resultados do impacto da “Lei Seca” nas internações e mortes associadas ao trânsito, o Ministério da Saúde usou como base os dados dos sistemas de Informações sobre Mortalidade (SIM) e de Internações Hospitalares (SIH), além do Inquérito Nacional de Fatores de Risco e Proteção para Doenças e Agravos não Transmissíveis (Vigitel). Essas são as fontes que vem sendo utilizadas pela pasta para o monitoramento dos impactos da Lei Seca nos atendimentos do SUS e na ocorrência de óbitos no Brasil. A análise levou em consideração apenas as informações das capitais brasileiras.
Detran prepara bafômetros para a cidade
No início do mês, os funcionários do Detran lotados na Divisão de Policiamento de Trânsito (blitz) de João Pessoa, Campina Grande e outras cidades participaram de um treinamento para utilização dos bafômetros nas ruas dos municípios. Atualmente, o equipamento só é aplicado em fiscalizações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas estradas federais da Paraíba.
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