João Pessoa não tem clínica veterinária pública

Os donos de cães e gatos precisam pagar em média R$ 35,00 para vacinar seus animais já que João Pessoa não disponibiliza de clínica pública para atendimento. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a estimativa atual é que existem 110 mil cães e gatos na cidade.

A alternativa para a população que não pode custear com alguns serviços é recorrer ao Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses de João Pessoa, que oferece vacinas contra raiva, diagnóstico laboral para leishmaniose visceral canina, conhecida como calazar.

O médico veterinário do Centro de Zoonoses, Felipe Sobral, disse que o órgão recebeu 4.342 animais, entre cães e gatos, no primeiro semestre deste ano e que só em julho foram registrados 415 cães e 362 gatos, que foram acolhidos, tratados e destinados a adoção. Mas destacou que esses não são os serviços mais procurados.

“Infelizmente recebemos mais solicitação de remoção e eutanásia (prática de interromper a vida de um enfermo incurável) de animais, porque na verdade a população quer se livrar do problema (animais) e hipocritamente joga para o Zoonoses”, lamentou.

De acordo com o veterinário, também são oferecidos serviços de acolhimento de animais, sejam eles doentes ou sadios, onde os que estão com a saúde em dia são encaminhados para adoção, bem como realizam a remoção de animais. “Damos preferência por remoção de cães. Os gatos são de difícil remoção, mas também fazemos e para isso utilizamos as chamadas gatoeiras, que são armadilhas para a captura dos gatos”, frisou.

Felipe Sobral disse ainda que o Centro de Zoonoses faz o controle de doenças antropozoonóticas de caráter urbano, ou seja, aquelas que acometem os humanos em associação com animais dentro da cidade, como raiva, leishmaniose, tocsoplasmose e leptospirose.

A dona de casa Elizabete Guerra disse que não tem condições de imunizar a cadela Lara em clínica particular. “Eu espero pelas campanhas de vacinação para vacinar minha cadela gratuitamente, também evito dela ter contato com outros animais para ela não pegar nenhuma doença”, disse.

Segundo Sobral, o Centro de Zoonoses implementará, ainda neste ano, o serviço de castração animal (orquiectomia) e Ovário Salpingo Histerectomia (OSH) de fêmeas caninas e felinas, como forma de controlar o número de animais abandonados ou entregues para adoção.